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Formação

2.1 Qualidade e adequação das teses, dissertações ou equivalente em relação às áreas de concentração e linhas de pesquisa do Programa.

No quesito FORMAÇÃO, analisou-se principalmente os destaques de TCC avaliando seus impactos tais como prêmios, patentes e artigos associados. Também se analisou a qualidade dos egressos formados e as justificativas apresentadas de sucesso. 

2.1.1 – Distribuição das teses/dissertações pelas linhas de pesquisa do programa.

O PosAutomação estrutura-se em uma única área de concentração, portanto a análise ora apresentada baseia-se na distribuição da produção de trabalhos de conclusão com base nas linhas de pesquisa do programa.

Como já comentado no item 1.3, a qualidade das dissertações e teses do programa pode ser comprovada pela quantidade de publicações realizadas pelos egressos em revistas e congressos reconhecidos, e pelos prêmios recebidos. Os TCCs do programa e as publicações associadas são todos em temas diretamente relacionados com a área de concentração do programa e com as linhas de pesquisa.

Como foi comentado no item 1.2, existe uma sobreposição de atuação dos docentes nas linhas de pesquisa do programa, o que leva a uma produção também com superposição, em termos de teses e dissertações. Muitos TCCs podem ser considerados como pertencentes a mais de uma linha. A superposição é mais intensa com a linha de “Automação, controle, otimização e instrumentação de sistemas de energia, com foco em óleo, gás e fontes renováveis” (ACOISE), dado que pesquisas nas linhas de Controle, Automação e Sistemas Mecatrônicos e Sistemas Computacionais podem ter aplicações de grande interesse nos  sistemas de energia, que, como comentado, é um tema que vem crescendo em interesse no país e no nosso programa. Por outro lado, professores da linha de Sistemas Computacionais contribuem tanto na linha de ACOISE como de Automação e Sistemas Mecatrônicos. 

A distribuição nas linhas de pesquisa dos trabalhos de conclusão no quadriênio apresenta boa uniformidade. Nas teses de doutorado, temos aproximadamente 37% das defesas na área de Controle, 24% na área de Automação e Sistemas Mecatrônicos; 24% na área de Sistemas Computacionais e 14% na área de ACOISE. Nas dissertações de mestrado, o equilíbrio é ainda maior, com 25% das defesas na área de Controle, 31% na área de Automação e Sistemas Mecatrônicos, 20% na área de Sistemas Computacionais e 24% na área de ACOISE. O valor percentual menor na área de ACOISE no caso das teses de doutorado se deve a que no doutorado é mais frequente o desenvolvimento de temas teóricos, não necessariamente associados a uma aplicação específica. 

Caso se considere a carga de orientação dobrada no doutorado, a equação D + 2*T resulta em: 

  • Controle: 44 (32%); 
  • Automação e Sistemas Mecatrônicos: 38 (28%);
  • Sistemas Computacionais: 31 (22%);
  • Automação, controle, otimização e instrumentação de sistemas de energia, com foco em óleo, gás e fontes renováveis: 25 (18%).

Com esse indicador, as razões entre orientações de trabalhos concluídos e docentes atuantes nas linhas de pesquisa ficam, respectivamente: 3,38; 2,71; 2,82 e 2,08.

Com relação aos trabalhos de pesquisa em andamento, a distribuição entre as linhas de pesquisa apresenta os números a seguir:

Curso 

Controle

Sist. Comp. Automação ACOISE Total

%

Mestrado

13

13 18 5 49

54%

Doutorado

16

12 8 6 42

46%

Total

91

Observa-se, neste caso, maior equilíbrio na distribuição de trabalhos de mestrado do que de doutorado, porém com distribuição razoavelmente equilibrada entre as linhas.  

Importantes destacar que os ingressantes do mestrado deste ano (2025) e os discentes que estão em fase de completar os créditos, que na sua maioria optaram pela linha de pesquisa ACOISE, não estão considerados na tabela. Se contabilizamos esses dados observamos uma diminuição da diferença de discentes entre as linhas de pesquisa.

2.1.2 – Intensidade na formação discente (indicador ORI).

O indicador ORI do programa apresenta valor de 2,01, considerando-se 22 docentes permanentes durante 3 anos (2021, 2023 e 2024) e 21 permanentes no ano de 2022. O número de titulados foi diretamente afetado nos últimos anos pela diminuição na quantidade de ingressantes no programa e pelos atrasos na formação, devidos a questões de afastamento por saúde, efeitos da pandemia da covid e por dedicação não completa (necessidade de trabalhar para se manter em Florianópolis). Este problema tem afetado todo o sistema de pós-graduação nacional e internacional. O programa tomou ações para contornar essa situação e, em 2025, já observamos uma melhora significativa no número de candidatos e ingressantes. Além disso, em 2024 foi observada uma queda importante nas desistências e desligamentos. Isso mostra que o trabalho que vem sendo realizado pelo programa, na divulgação das atividades, captação de recursos e melhora na qualidade, está surtindo efeitos positivos. 

2.1.3 – Avaliação da indicação, pelo programa, das cinco melhores teses/dissertações defendidas no quadriênio de avaliação. 

  • As cinco melhores teses/dissertações defendidas no quadriênio estão no relatório de destaques. 

2.2 Qualidade da produção intelectual de discentes e egressos.

O forte envolvimento de discentes e de egressos na produção intelectual do programa reflete-se tanto nos artigos publicados como nos produtos técnico-tecnológicos. Com relação ao primeiro aspecto, os destaques da produção do ciclo anterior (2016-2020) são todos produzidos com participação discente; a análise dos dados consolidados da produção intelectual disponibilizada pela plataforma Sucupira também revela igual intensidade. Ainda devemos destacar que a qualidade dessas publicações pode ser confirmada com vários prêmios recebidos por discentes do programa em congressos, no prêmio CAPES de tese e por associações como a Sociedade Brasileira de Automática. Os detalhes dos prêmios recebidos podem ser verificados na página do programa https://posautomacao.ufsc.br/premios/) e um resumo foi apresentado no item 1.3.

Com relação ao segundo aspecto, os PTTs listados pelo programa apresentam em sua maioria a participação de discentes e de egressos, demonstrando o envolvimento destes na produção técnica e tecnológica do programa. 

2.2.1 – Volume da participação discente. 

  • Os dados detalhados estão nos indicadores da plataforma Sucupira. De forma qualitativa, podemos dizer que o corpo discente está bem engajado nas produções do programa.

2.2.2 – Volume e qualidade da produção qualificada de discentes. 

O indicador DPI_discente_Dout obtido da plataforma Sucupira permite analisar o volume e qualidade da produção qualificada.

Uma forma interessante de calcular o volume e qualidade da produção dos discentes no quadriênio é por meio da quantidade média de artigos “Qualis A” dos docentes permanentes (DP), com pelo menos um autor discente ou egresso por ano. Esse cálculo pode ser realizado com redundância de produções (um artigo “Qualis A” coproduzido por n autores DP é contado n vezes, uma vez para cada DP), dando um valor de 1,77 (aumento de 31% com relação ao quadriênio anterior), ou sem redundância de produções, com valor de 1,44 (aumento de 21% com relação ao quadriênio anterior). 

2.3 Destino, atuação e avaliação dos egressos do Programa em relação à formação recebida.

Levantamento realizado junto aos egressos e aos docentes do programa revelou, em relação a todos os egressos do programa desde 2008, o quadro mostrado a seguir. 

Mestrado

Doutorado

Pós-doutorado

Destino 

Num. Porcent.

Num. Porcent.

Num. Porcent.

Academia

43       15,5% 

119       83% 

33       87% 

PosAutomação Dr .

81       28,5%

Indústria  

56       20,0% 

11         8%  

1       2,5%

Serviços 

66       23,5% 

13         9% 

3          8%

S/ info.

36       12,5% 

0         0% 

1       2,5%

Total: 

282                   

143                 

38                

Total de egressos nos três níveis = 463

Pelos dados apresentados, observa-se o papel preponderante do doutorado como etapa de formação para a carreira acadêmica (83%). Quanto ao mestrado, o número relevante de egressos que permaneceram no PosAutomação para realizar o doutorado (29%) indica a qualidade da experiência de formação vivenciada pelos mestrandos. Também destacamos a importância do mestrado para o mercado de trabalho. Observa-se que 50% dos que responderam a pesquisa (87% do total) se direcionam para empresas. Ainda, como era esperado, a grande maioria (87%) que realiza o pós-doutorado se direciona para a área acadêmica (ensino e pesquisa).

2.3.1 – Número de egressos que continuam a formação pós-graduada ou vinculados ao mercado de trabalho. 

Como pode ser visto do quadro apresentado, temos a seguinte análise:

  • Para o mestrado, com os dados disponíveis (desconsiderando os 12.77% dos egressos que não temos informação) 100% dos egressos foram para o mercado de trabalho ou continuam estudos superiores. Considerando a pior situação, que todos os egressos dos quais não temos informação estejam fora do mercado de trabalho, teríamos aproximadamente 87% no mercado de trabalho ou no doutorado.
  • Para o doutorado temos 100% atuando no mercado de trabalho
  • Para o pós-doutorado temos também 100% vinculados ao mercado de trabalho se desconsideramos o único egresso do qual não temos informações.

2.3.2 – Número de egressos vinculados em outra região geográfica do país. 

Para esta análise, consideramos o total de egressos do programa (463 nos três níveis), e descontamos o subconjunto dos que não temos informações (37 nos três níveis), levando a um total de 426 egressos com informações compartilhadas com o programa.

Na primeira análise, apenas analisamos a distribuição por região ao qual o egresso está vinculado:

Região

Sul  

Norte Nordeste   Centro-Oeste Sudeste Exterior

Total

Egressos 

284

10   6 27 92 

426

Percentual 

  66,59%

2,35%   1,41% 1,65%   6,35%  21,65%

100,00%

Na segunda análise, descontamos os 116 egressos que fazem pós-graduação no PosAutomação e novamente analisamos a distribuição por região ao qual o egresso está vinculado

Região

Sul  

Norte Nordeste   Centro-Oeste Sudeste Exterior

Total

Egressos 

168

10   6 27 92 

310

Percentual 

54,05%

3,24% 1,94% 2,27%   8,74%   29,77%

100,00%

Como era esperado, em ambos os casos, a maioria dos egressos se vincula a uma empresa ou instituição de ensino na região Sul. A segunda tabela parece mais interessante para dar um panorama geral da vinculação mais definitiva, com aproximadamente 54% de egressos atuando na região Sul (dos quais 42% em Santa Catarina) e aproximadamente 30% vinculados a empresas/entidades no exterior. Assim, o programa tem uma projeção predominantemente regional no Brasil, mas com boa inserção internacional.

É importante observar que a parcela significativa de egressos que se vincularam a empresas e instituições no exterior é mais do dobro dos que se vinculam a outras regiões do país. A grande maioria deles são egressos do mestrado (73, ou 80% dos 92 egressos) e que atuam no setor produtivo ou de serviços. Os 13 egressos do doutorado (14% dos 92 egressos) e 6 egressos do pós-doutorado (6% dos 92 egressos) atuam na sua maioria no setor acadêmico. Esta análise indica que o mestrado se consolida como uma formação importante para a atuação em empresas e que a sólida formação dos mestres do programa lhes permite atuar e competir em nível internacional.

2.3.3 – Qualidade dos egressos

Informações detalhadas da qualidade dos egressos do programa podem ser vistas no relatório de destaques do programa. 

Os egressos do programa têm se destacado em vários ambientes, acadêmico, de pesquisa em universidades e empresas, no desenvolvimento de soluções inovadoras e também em atividades das sociedades científicas. A maioria deles mantém um ótimo relacionamento com o PosAutomação e com seus docentes, e em vários depoimentos reconhecem a importância da formação que receberam no programa.  Exemplos disso são:

O egresso Denis da Cruz Pinha, que trabalha 100% do tempo como funcionário contratado da NASA no projeto de desenvolvimento de satélites GOES-R, https://goes-r.gov/, com resultados como os que são apresentados no seguinte link https://www.youtube.com/watch?v=ECjEHbcydDA

O egresso Marcelo Menezes Morato, recentemente formado no programa, atualmente docente permanente do programa e membro da diretoria da SBA, recebedor de grande quantidade de prêmios, incluindo destaque (Menção Honrosa) no prêmio CAPES de tese de 2024, e membro de projeto internacional em coordenado pela Université Grenoble-Alpes (França), com apoio financeiro da União Europeia (https://cordis.europa.eu/project/id/101149263), para desenvolvimento e pesquisas na área de controle embarcado. (ver mais detalhes no item 3.3)

O egresso Rodrigo Saad, fundador da empresa VERTESIS que surgiu como um spin off de um projeto de pesquisa desenvolvido entre 2015 e 2020 pelo PosAutomação em parceria com a Petrobras. Hoje, a VERTESIS se destaca como referência em automação de testes para sistemas críticos, ajudando a indústria a operar com mais segurança, eficiência e conformidade (ferramenta www.vertsafe.com)

A egressa Patricia Pena, atualmente professora titular da UFMG, fundadora do Grupo de Pesquisa em Análise e Controle de Sistemas a Eventos Discretos na UFMG com ativa participação e liderança na Sociedade Brasileira de Automática para incentivar a participação feminina na área, sendo convidada a liderar um painel no tema no IFAC World Congress em 2023 https://www.ifac2023.org/program/forums/di-panel2/index.html 

2.4 Qualidade das atividades de pesquisa e da produção intelectual do corpo docente no Programa.

2.4.1 – Volume e qualidade da produção intelectual do corpo docente. 

  • Ver indicadores consolidados na plataforma Sucupira e os destaques da produção do programa. 

2.4.2 – Distribuição da produção intelectual. 

Além dos indicadores consolidados na plataforma Sucupira, apresenta-se aqui uma tabela parecida com a apresentada no item 1.2 (perfil do corpo docente), porém com dados a partir do ano 2020. Essa tabela sintetiza o histórico das produções recentes dos docentes e dos impactos conforme constam da plataforma Google Scholar. São apresentados os indicadores de citações, h-index 2020+ e i10-index 2020+, que são uma boa medida da produção no quadriênio em análise.  Também se apresenta na última coluna o total de publicações em jornais no período 2021-2024 (tot. PJ 2021-2024). A tabela está dividida nas três linhas de pesquisa. Os subgrupos estão ordenados pelo maior número de citações (coluna **Citações (2020+)**).  Dentro de cada subgrupo, os pesquisadores estão ordenados de forma decrescente pelo número de citações.

Citações

h-index i10-index

tot. PJ

Nome

2021 – 2024

Linha pesquisa

2020+

2020+

2020+

Laio Oriel Seman Aut. Sist. Mecatrônicos

2025 

27 45

67

Eduardo Camponogara Aut. Sist. Mecatrônicos

1975

23 54

38

Rodrigo Castelan Carlson Aut. Sist. Mecatrônicos

984

14 17

7

Edson Roberto de Pieri Aut. Sist. Mecatrônicos

512 

10 10

Eric Aislan Antonelo Aut. Sist. Mecatrônicos

489

11 13

6

Werner Kraus Junior Aut. Sist. Mecatrônicos

452

13 15

4

Max Hering de Queiroz Aut. Sist. Mecatrônicos

407 

10 10

Marcelo Ricardo Stemmer Aut. Sist. Mecatrônicos

287

11 11

7

Felipe Gomes de O. Cabral  Aut. Sist. Mecatrônicos

160 

7 6

6

Julio Elias Normey Rico Controle

3591

26 86 

40 

Daniel Juan Pagano Controle

1361

19 33

Rodolfo C. Costa Flesch Controle

1348

20 46

41

Marcelo Menezes Morato Controle 

1241

19 31

26

Daniel Ferreira Coutinho Controle

932

14 28

9

Alexandre Trofino Neto Controle

769 

14 17

2

Eugênio de Bona Castelan Neto Controle 

757 

14 21

11

Gustavo Artur de Andrade Controle 

345

10 11

6

Marcus V. Americano da Costa Controle

262

10 10

8

Ubirajara Franco Moreno Controle

239

8 7

Daniel Martins Lima Controle

200 

6

  9

Jomi Fred Hübner Sist. Computacionais

1926

17  30 

9

Carlos Barros Montez Sist. Computacionais

824 

16 25

8

Antonio Augusto Fröhlich Sist. Computacionais

788

15 22

10 

Leandro Buss Becker Sist. Computacionais

634 

10 13

5

Ricardo José Rabelo Sist. Computacionais

546

9 7

1

Rômulo Silva de Oliveira Sist. Computacionais

439

10 12

0

Ricardo Alexandre R. de Moraes Sist. Computacionais

354

11 12

4

Fonte: Google Acadêmico. https://scholar.google.com.br/citations (Acessado em 20/2/2025)

Como se observa, a distribuição é mais homogênea na linha de Sistemas Computacionais, mas, as três linhas de pesquisa mostradas têm comportamento similar, com um ou dois docentes destacados, com maior produção e impacto em cada uma delas. Se comparamos com os dados completos de toda a produção (apresentado no item 1.2), observamos que há uma distribuição mais uniforme quando consideramos o período recente, dado que os docentes mais jovens que têm boa produção estão com números se aproximando daqueles dos pesquisadores mais seniores. Esta caraterística é importante para manter no futuro a qualidade do programa mesmo com a aposentadoria de alguns docentes seniores. Também deve ser observada a baixa produção (2021-2024) dos docentes que se aposentaram e atuaram pouco no programa no quadriênio (professores Rômulo Oliveira e Alexandre Trofino).

2.4.3 – Envolvimento de docentes e discentes nas publicações. 

  • Ver indicadores consolidados na plataforma Sucupira. 

2.4.4 – 5 melhores publicações científicas indicadas pelo programa. 

  • Ver relatório de destaques da produção do programa. 

2.5 Qualidade e envolvimento do corpo docente em relação às atividades de formação no Programa.

2.5.1 – Participação do DP na produção intelectual relevante e formação de recursos humanos qualificados. 

  • Ver indicadores consolidados na plataforma Sucupira e a análise apresentada no item 1.4.

2.5.2 – Envolvimento docente nas atividades de formação. 

  • Ver indicadores consolidados na plataforma Sucupira e a análise apresentada no item 1.4.

2.5.3 – Distribuição das atividades do DP na formação pós-graduada. 

  • Ver indicadores consolidados na plataforma Sucupira e a análise apresentada no item 1.4.
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