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Programa

1.1 Articulação, aderência e atualização das áreas de concentração, linhas de pesquisa, projetos em andamento e estrutura curricular, bem como a infraestrutura disponível, em relação aos objetivos, missão e modalidade do Programa. (Incluir na descrição os objetivos e a missão do programa)

Consoante com as instruções do formulário na plataforma Sucupira, apresentam-se a seguir a missão e os objetivos do PosAutomação conforme constam do planejamento estratégico. O documento do planejamento vigente do programa, “PosAutomação_Planejamento estratégico_final.pdf”, pode ser acessado na página do programa, no link: https://posautomacao.ufsc.br/planejamento-estrategico/ 

Missão

“Formar profissionais qualificados, gerando e disseminando conhecimento científico, tecnológico e de inovação, para contribuir com o desenvolvimento da sociedade em âmbito regional, nacional e internacional na área de Engenharia de Controle, Automação e Sistemas.”

Objetivos

Os objetivos específicos do PosAutomação/UFSC são: 

  1. Consolidar, em nível nacional e internacional, a atuação do PosAutomação/UFSC como um programa de excelência na área de Engenharia de Controle, Automação e Sistemas, fortalecendo seu caráter pioneiro, colaborativo e multidisciplinar.
  2. Manter e aprimorar a qualidade e o rigor na produção técnico-científica e na formação profissional, inclusive por meio da cooperação com grupos de pesquisa nacionais e internacionais. ​
  3. Divulgar o conhecimento gerado pelo programa​ por meio de publicações de livros, de artigos em periódicos de qualidade reconhecida, e do incentivo à participação de docentes e discentes em congressos científicos de alto prestígio técnico-científico.   
  4. Preservar e aprimorar as boas relações interpessoais dos participantes do programa, priorizando o acolhimento e integração de docentes e discentes nas decisões administrativas. 
  5. Cultivar ​o espírito multidisciplinar, respeitando a heterogeneidade dos interesses individuais em temas de pesquisa​. 
  6. Aprofundar a cooperação com o setor produtivo​ e com a sociedade em geral, cumprindo a missão de manter o PosAutomação/UFSC como contribuinte no desenvolvimento social e econômico da sociedade brasileira e internacional. 

Áreas de concentração e linhas de pesquisa

Como reflexo da ênfase interdisciplinar de formação e de pesquisa na temática de Eng. de Controle e Automação, a política do PosAutomação é de manter uma área de concentração. Esta é denominada, apropriadamente, de “Controle, Automação e Sistemas”. 

As linhas de pesquisa denotam os principais eixos de formação do programa, quais sejam, “Automação e sistemas mecatrônicos”, “Controle”, “Sistemas computacionais” e “Automação, controle, otimização e instrumentação de sistemas de energia, com foco em óleo, gás e fontes renováveis”. Esta última linha de pesquisa está associada às atividades do programa junto ao Programa de Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (PRH) da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Controle e Automação de Processos de Energia (INCT CAPE), financiado pelo CNPq, embora tenha caráter interdisciplinar com as demais linhas. O atual PRH 2.1 dá seguimento, desde 2019, às atividades bem-sucedidas do PRH 34, iniciado em 2001 e concluído em 2018. Já o INCT CAPE, iniciou suas atividades em 2023, com apoio inicial do CNPq e atualmente também da FAPESC, para consolidar as pesquisas e formação de recursos humanos em uma área extremamente importante para o desenvolvimento do país, a dos processos de energia e da transição energética.

Estrutura curricular

A organização das disciplinas e atividades acadêmicas que contabilizam créditos para integralização curricular consiste essencialmente de disciplinas eletivas, permitindo atividades em todas as linhas de pesquisa do programa e dando ênfase na interdisciplinaridade. A única disciplina obrigatória é “Metodologia Científica”, de 2 créditos. Os detalhes da estrutura curricular podem ser obtidos por meio de consulta à página do programa https://posautomacao.ufsc.br/disciplinas/. Periodicamente novas disciplinas são criadas para atender demandas específicas de formação, dada a rápida evolução das tecnologias relacionadas com a área de atuação do PosAutomação.

Na sequência, se apresentam as disciplinas ministradas em 2024 pelos docentes do programa, associando-as com as linhas de pesquisa: 

Automação e Sistemas Mecatrônicos

  – Sistemas a Eventos Discretos I (2 créditos – 24/1)

  – Sistemas a Eventos Discretos II  (2 créditos – 24/2)

  – Introdução à Indústria 4.0 (2 créditos – 24/2)

  – Verificação Formal (2 créditos – 24/2)

  – Modelos de Negócios para a Indústria 4.0 (2 créditos – 24/2)

Controle

  – Fundamentos para Análise e Projeto de Sistemas de Controle (4 créditos – 24/1)

  – Sistemas Dinâmicos Lineares (4 créditos – 24/1)

  – Controle Preditivo (2 créditos – 24/1)

  – Controle Robusto (2 créditos – 24/2)

  – Controle de Processos Industriais (2 créditos – 24/2)

  – Identificação de Sistemas (2 créditos – 24/1)

  – Sistemas Não Lineares (2 créditos – 24/2)

  – Controle Não Linear (2 créditos – 24/2)

  – Modelagem de Sistemas Dinâmicos (2 créditos – 24/1)

Sistemas Computacionais

  – Técnicas de Implementação de Sistemas Automatizados (2 créditos – 24/1) 

  – Redes de Comunicação para Controle e Automação (2 créditos – 24/1)

  – Redes Locais Industriais  (2 créditos – 24/2)

  – Projeto e Desenvolvimento de Sistemas Embarcados  (2 créditos – 24/2)

  – Conceitos Básicos de IoT e de Sistemas Distribuídos (2 créditos – 24/2)

  – Concorrência e Tempo Real (2 créditos – 24/2)

  – Industrial and Vehicular Networks (2 créditos – 24/2) – Inglês

Automação, controle, otimização e instrumentação de sistemas de energia, com foco em óleo, gás e fontes renováveis

  – Automação Aplicada à Indústria de Petróleo e Gás (2 créditos – 24/1)

  – Tópicos Especiais em Automação: Seminários para a Indústria de Petróleo e Gás (2 créditos – 24/2)

  – Modelagem, Otimização e Controle de Sistemas de Energias Renováveis (2 créditos – 24/1)

  – Fundamentos de Engenharia de Petróleo e Gás (2 créditos – 24/2)

Formação geral

  – Conceitos Básicos de Controle e Automação (2 créditos – 24/1)

  – Introdução a Algoritmos (2 créditos – 24/1) – Inglês

  – Otimização Convexa (2 créditos – 24/2) – Inglês

  – Programação Inteira (2 créditos – 24/1)

  – Modelagem para Otimização (2 créditos – 24/2)

  – Inteligência Artificial (2 créditos – 24/1)

  – Aprendizado de Máquina (2 créditos – 24/1) – Inglês

  – Sistemas Multiagentes (2 créditos – 24/2) – Inglês

  – Relação Humano Máquina em Sistemas Inteligentes (2 créditos – 24/1)

  – Algoritmos baseados em dados  (2 créditos – 24/2)

  – Fundamentos de Matemática Discreta para Controle e Automação (2 créditos – 24/1)

Tópicos avançados:

  – Tópicos Avançados em IA (2 créditos – 24/1) – Inglês

  – Tópicos Avançados em Otimização (2 créditos – 24/2)

Obrigatória:

  – Metodologia Científica (2 créditos – 24/2)

As disciplinas acima compõem o núcleo estável das optativas ofertadas anualmente ou a cada ano alternado pelos docentes do programa. Disciplinas de formação de outros programas, principalmente Eng. Elétrica, Eng. Mecânica e Computação, também são frequentemente cursadas pelos discentes. Além destas, as disciplinas de “Tópicos avançados” compõem a formação complementar especializada. Esses dois conjuntos cumprem os objetivos específicos de cultivo da multidisciplinaridade, do aprimoramento da qualidade na formação profissional e na produção técnico-científica e da consolidação da excelência do PosAutomação em nível nacional e internacional. A propósito deste último aspecto, a coordenação do programa incentiva a ministração de disciplinas em língua inglesa. Em 2024, do total (41) de disciplinas ministradas, seis foram em inglês. 

Disciplinas no modo remoto e híbrido

O programa tem atualmente disciplinas presenciais e remotas.

Todas as disciplinas presenciais, que são a maioria (95%) do programa, admitem a participação síncrona remota de estudantes (sistema híbrido). Nesta modalidade o estudante participa remotamente por sistema de áudio e vídeo e interage com o professor. As atividades de laboratório são todas presenciais.

 Departamento de Engenharia Mecânica

– Laboratório de Metrologia (acreditado pela Rede Brasileira de Calibração): 3 mestrandos, 2 doutorandos e 1 pós-doutorando;

– Laboratório de Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos (LASHIP): 2 mestrandos;

– Laboratório de Vibrações e Acústica (LVA): 1 pós-doutorando;

– Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica (POLO): 1 mestrando.

Departamento de Informática e Estatística

  – Laboratório de Integração Software/Hardware (LISHA): 1 mestrando

  – Laboratório de Computação Embarcada: 1 mestrando.   

Departamento de Engenharia Civil

– Laboratório Fotovoltaica: 1 mestrando. 

Os laboratórios listados provêem diversos tipos de equipamentos para pesquisa. Destacam-se os sistemas de aquisição e condicionamento de sinais (MGC, PXI, SCXI, compactDAQ, compactRIO, placas de aquisição de sinais multifuncionais), sistemas didáticos de ensino de instrumentação NI ELVIS II+, sistema de medição com uso de fibra ótica (interrogador), arranjos ótico e lasers para medição por interferometria, shearografia e estereografia; tomógrafo industrial, máquina de medir por coordenadas, multímetros de bancada 6 1/2 e 7 1/2 dígitos, clusters de processamento de dados, câmeras térmicas por infravermelho, câmaras de ensaio com temperatura e umidade controladas em conformidade com normas ISO, túnel de vento em conformidade com especificações ANSI e sistema de microscopia digital, veículos aéreos e terrestres não tripulados, osciloscópios, fontes, cargas eletrônicas e demais elementos de laboratórios das áreas de elétrica e eletrônica. 

Na área de automação da manufatura, destacam-se nesses laboratórios dois sistemas flexíveis de manufatura, MPS e MPS 4.0 com 10 estações de trabalho, produzidos pela FESTO. Cada estação conta com controladores SIEMENS das séries 1200 e 1500, com servidores OPC-UA, IHM SIEMENS Touch Basic e servidor de sistema Supervisório WinCC conectados em rede industrial. Um robô móvel ROBOTINO, capaz de mapear o ambiente de trabalho, faz a integração entre os dois sistemas de manufatura.

Além disso, o PosAutomação conta, nos laboratórios listados, com plantas piloto de instrumentação e controle de nível, pressão, temperatura, pH e redes industriais (Fieldbus), uma planta com padrão industrial para medição de escoamentos multifásicos e produção de diferentes perfis de escoamento, uma microrrede para estudos de geração armazenamento e uso de energias renováveis, com os seguintes recursos: dois inversores híbridos, painéis solares térmicos e fotovoltaicos, emulador eólico de 11 kW com sistema retificador, conjunto de 5 baterias de lítio, eletrolisadores, células de combustível de 1,2 kW, sistema de armazenamento de H2 verde (sistema que se destaca por ser um dos poucos laboratórios a nível nacional com este tipo de tecnologia para estudos de controle e automação). Todos os laboratórios contam com recursos essenciais de aquisição e condicionamento de sinais, como multímetros, osciloscópios, fontes, geradores de sinais, e bancos de filtros. 

– Laboratório de Montagens Mecatrônicas (LMM)

Dentre os laboratórios listados acima, o LMM tem característica de suporte multiuso, ao prover acesso dos discentes a equipamentos de prototipagem, com fresadora, impressora 3D, estação de trabalho SMD, furadeira de bancada, ferramentas manuais e bancadas de trabalho para realização de trabalhos que envolvam a montagem de protótipos eletrônicos e mecânicos. O laboratório conta, ainda, com uma área específica para a avaliação de protótipos, com fontes, multímetros, osciloscópios e computadores à disposição dos discentes. O laboratório conta com dois servidores técnicos da instituição para supervisionar os trabalhos dos discentes e auxiliar nas montagens e na operação dos equipamentos. 

Além desses laboratórios, o PosAutomação conta com dois ambientes dotados de espaços de trabalho com computadores de uso individual que dão suporte aos trabalhos teóricos e desenvolvidos em simuladores: 

– Laboratório de Tecnologias da Informação e Comunicação, usado por mestrandos, com cerca de 30 postos de trabalho; 

– Sala dos doutorandos, com cerca de 20 postos. 

Cada posto conta com mesa, cadeira e armário individuais. 

Além disso, o programa conta, dentro do Departamento de Engenharia de Automação e Sistemas, com salas específicas para receber pós-doutorandos e pesquisadores visitantes.

Infraestrutura da instituição

A instituição oferece infraestrutura geral de apoio, com uma biblioteca central com mais de 240 mil títulos (mais de um milhão de exemplares), bibliotecas setoriais, salas de estudo individual e em grupo, laboratório central de informática com espaço para uso individualizado pelos alunos, laboratórios integrados de informática para realização de aulas, restaurante universitário, auditórios e um Centro de Cultura e Eventos com auditório para 1371 pessoas, hall para exposições e salas multifuncionais. Há parceria da UFSC com Microsoft e Google para oferecer os softwares e serviços dessas empresas para todas as pessoas formalmente vinculadas à instituição. Licenças de softwares específicos de outras empresas também são disponibilizadas, bem como serviços de armazenamento em nuvem, de e-mail, de WiFi em todo o campus e de telefonia VoIP. Além disso, há contratos com diferentes plataformas de periódicos, livros científicos e normas (ABNT e ISO) para acesso por todos da comunidade acadêmica.

A instituição conta também com uma Secretaria de Relações Internacionais, que oferece suporte ao estabelecimento de cooperações com instituições internacionais para intercâmbio e oferecimento de estágios no exterior. Isso tem contribuído para o intercâmbio de estudantes e professores com universidades no exterior, muitas vezes com financiamento com agências de fomento internacionais. O programa tem realizado projetos de colaboração internacional com troca de discentes com Noruega, França e Espanha.

Os discentes também contam com serviços de apoio e de permanência na instituição. Há serviço de suporte psicológico a estudantes, serviço de moradia estudantil para alunos de baixa renda, uma coordenadoria de diversidade sexual e enfrentamento da violência de gênero e étnico-raciais, um serviço de apoio à amamentação para estudantes mães, creche para os filhos de estudantes de baixa renda e um hospital universitário com atendimento gratuito.

Finalmente destacamos que as relações entre o programa e os departamentos associados (aos quais pertencem os docentes do programa) são excelentes, assim como com a Pró-reitoria de Pós-graduação. As ações do programa sempre foram apoiadas dentro das possibilidades de cada instância da instituição.

Acessibilidade

A UFSC e o programa têm investido em infraestrutura para acessibilidade. Atualmente toda a universidade e, particularmente, o prédio onde está instalado o programa contam com: (1) elevadores adequados para cadeirantes, dando acesso a todos os andares, salas de aulas e laboratórios; (2) banheiros adaptados para uso de cadeirantes; (3) rampas de acesso e calçadas de comunicação entre prédios; (4) portas de acesso aos laboratórios com largura adequada para cadeirantes.

Projetos em andamento 

Descrevem-se aqui de forma resumida as principais ações de formação, pesquisa, ensino, extensão e em rede do programa. Posteriormente, nos itens correspondentes da ficha, se apresenta o detalhamento dos mesmos.

Ações de formação

O programa tem como uma das principais vocações contribuir de forma impactante para a formação qualificada de recursos humanos em uma área estratégica para o país, como é a área tecnológica de controle e automação de sistemas. Desta forma o programa contribui de forma expressiva com os objetivos ODS 4 – Educação de qualidade, e ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura.

As ações de formação do programa focam na formação de mestres e doutores para atender: 

  • A grande demanda do país de docentes com nível de doutorado nas universidades e institutos estaduais e federais de educação no interior dos estados da Região Sul (onde o programa tem maior fixação de egressos) e em universidades mais novas em outras regiões do país. 
  • A grande demanda do mercado de trabalho por mestres (principalmente) e doutores (em menor quantidade) nas áreas de automação e sistemas, seja no país ou no exterior.

Assim, o programa tem fortalecido o oferecimento de vagas e oportunidades para docentes em formação de diversas universidades do país e buscando impulsionar a formação de mestres para atender demandas do mercado de trabalho. 

Ações de pesquisa

O programa tem, também, como uma das vocações principais contribuir com o desenvolvimento tecnológico por meio da realização de pesquisa científica de qualidade, seja com foco na pesquisa básica ou aplicada, e buscando realizar transferência de tecnologia para o setor produtivo e contribuir com o desenvolvimento econômico e social do país. Assim, o programa tem fomentado a realização de pesquisas em temas estratégicos para o país, como energias, mobilidade urbana e tecnologias de comunicação, por exemplo. Os docentes do programa têm buscado recursos, frente a agências de fomento e empresas privadas, para financiamento dos projetos, incluindo sempre a participação de docentes e discentes do programa, mas também estudantes de graduação e colaboradores externos, no Brasil e no exterior. Também, o programa tem incentivado que dissertações e teses sejam propostas em temas vinculados aos projetos de pesquisa, de forma a promover a pesquisa aplicada e a realização de publicações de qualidade com a participação de discentes e docentes. 

Ações de extensão

O programa vem realizando ações de extensão em colaboração com o Departamento de Engenharia de Automação e Sistemas e com a coordenadoria do curso de Engenharia de Controle e Automação, para divulgação de atividades de ensino e pesquisa para o público geral e para estudantes do ensino médio. Três projetos de extensão específicos nessa linha são:  

  • Engenharia de Portas Abertas; 
  • Feira de Cursos;
  • Automação e Energias Renováveis: Divulgação Científica para Escolas.

Todas essas iniciativas melhoram a sinergia entre o programa e o curso de graduação, incentivando estudantes a participar de projetos para mostrar à comunidade a importância das pesquisas e têm contribuído para aumentar o número de candidatos no vestibular que dá ingresso aos estudantes de engenharia, futuros candidatos ao mestrado e doutorado.

Ações em rede

No mundo contemporâneo, marcado pela complexidade e pela interconexão de saberes, o trabalho em rede emerge como uma ferramenta essencial para abordar temas multidisciplinares. A integração de conhecimentos de diversas áreas do saber não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para enfrentar os desafios globais, que não se limitam a uma única disciplina. 

O trabalho em rede permite a colaboração entre profissionais, pesquisadores e instituições de diferentes áreas, promovendo a troca de ideias, metodologias e perspectivas. Essa sinergia enriquece o processo de investigação e solução de problemas, uma vez que cada disciplina contribui com seu olhar único, complementando as lacunas existentes. Em um cenário global que demanda cooperação e integração, investir em redes colaborativas é um passo essencial para construir um futuro mais sustentável e equitativo.

Com base nessas ideias, a UFSC criou o programa de redes colaborativas de Programas de Pós-Graduação da UFSC (Redes PPG-UFSC), que constitui-se como ação transversal entre Programas de Pós-Graduação (PPGs) stricto sensu da UFSC para a formação de mestres e de doutores com ênfase em temáticas emergentes, inovadoras ou de interesse especial (tema da rede) que não seja atendido integralmente por PPG individual da UFSC. O PosAutomação tem participado ativamente desse programa da UFSC e atualmente atua em três redes de programas de pós-graduação (Aeronáutica e Espaço, Engenharia de Sistemas Ciberfísicos, e Territórios Inteligentes), para fomentar a colaboração entre áreas de pesquisa complementares https://posautomacao.ufsc.br/redes-de-ppg/.

Por outro lado, o programa participa de vários projetos de pesquisa em rede com parceiros nacionais e internacionais, envolvendo várias instituições de vários países, com destaque para: (1) o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Controle e Automação de Processos de Energia (INCT CAPE), do qual participam universidades do Brasil, Argentina, China e Espanha, (2) o projeto de cooperação iberoamericano financiado pelo CYTED para estudos de H2 verde, rede H2 Transel, com participação de universidades de Espanha e toda América Latina, (3) o Projeto INTEREST – projeto de pesquisa Europeu com participação de várias universidades da europa e uma da Austrália, (4) o projeto de cooperação com as universidades de Bolonha e de Padova na Itália e (5) o projeto em rede com o IMT Mines Saint-Étienne (EMSE) da França e a USP. Mais detalhes destes convênios no item 3.3.

1.2 Perfil do corpo docente, e sua compatibilidade e adequação à Proposta do Programa.

Perfil do corpo docente

No ano de 2024, compunham o corpo docente do PosAutomação 31 membros, dos quais 23 permanentes e 8 colaboradores, assim divididos:  

Permanentes: 

– 19 docentes do Departamento de Engenharia de Automação e Sistemas;

– 1 docente aposentado com vínculo de Professor Voluntário com a UFSC;

– 1 docente do Depto. de Engenharia de Controle, Automação e  Computação/Campus Blumenau; 

– 1 docente do Departamento de Ciência da Informação (Centro de Ciências da Educação/UFSC) que atuava no campus da UFSC de Araranguá e foi recentemente transferido ; e,

– 1 docente do Departamento de Informática e Estatística. 

Colaboradores: 

– 5 docentes do Departamento de Engenharia de Automação e Sistemas; 

– 1 docente aposentado com vínculo de Professor Voluntário com a UFSC;

– 1 docente do Departamento de Informática e Estatística; e

– 1 docente do Departamento de Engenharia Elétrica.

Os docentes colaboradores compõem parcela expressiva do corpo docente (a média tem se mantido em 25%), refletindo os aspectos seguintes da política de credenciamento inicial do programa: 

 – incentivo ao credenciamento como colaboradores dos docentes doutores recém-ingressantes no quadro do Depto. de Automação e Sistemas com vistas a promover o envolvimento em formação de pós-graduação desde o início da carreira acadêmica; 

 – promoção da inserção de novos docentes para diminuir as desigualdades regionais. Durante o quadriênio o programa contou com docentes colaboradores credenciados no programa atuando em programas incipientes nos campi da UFSC de Araranguá e de Blumenau, além do incentivo a candidaturas de jovens doutores de outras universidades com programas em consolidação; 

 – inexistência de limite no número de colaboradores, prevendo-se apenas a limitação das atuações do conjunto destes em, no máximo, 20% das cargas didáticas e de orientação, ficando a grande parte (80% ou mais) das aulas, da orientação e da produção a cargo do corpo docente permanente;

 – registro da categoria de credenciamento que reflete o grau de envolvimento nas atividades, sem atribuição de status ao tipo de credenciamento.

Em termos de formação nas áreas do conhecimento de atuação do programa, os docentes podem ser classificados de acordo com a formação de origem na graduação como sendo oriundos de: 

– Engenharia Elétrica, ênfase em Controle e Automação (11); 

– Computação (11); 

– Engenharia de Controle e Automação (7); e 

– Matemática (2). 

Como se depreende dos números acima, as origens distintas compõem um repertório de conhecimentos alinhado com a proposta do programa, de caráter multidisciplinar dentro da área de Eng. IV.  As linhas de pesquisa do programa refletem esse caráter, conforme apresentado a seguir. 

Em termos da distribuição da atuação docente nas linhas de pesquisa do programa, a lista a seguir mostra o número de atuantes em cada linha:

– Automação e sistemas mecatrônicos: 14; 

– Controle: 13; 

– Automação, controle, otimização e instrumentação de sistemas de energia, com foco em óleo, gás e fontes renováveis (ACOISE): 12; 

– Sistemas computacionais: 11; 

– Total: 50 atuações. 

As atuações cruzadas ocorrem nos casos seguintes:  

– 7 docentes com atuação em Controle e em ACOISE; 

– 3 docentes com atuação em Automação e em ACOISE; 

– 6 docentes com atuação em Automação e Sist. Computacionais; 

– 2 docentes com atuação em Automação e Controle; e

– 2 docentes com atuação em Sist. Computacionais e ACOISE. 

Qualidade do corpo docente

Um dos critérios possíveis da qualidade da atuação docente é a concessão de bolsas de produtividade em pesquisa, a qual estabelece um reconhecimento de mérito pelos pares que atuam em área correlata. Neste quesito, o PosAutomação conta com corpo docente destacado, pois dez dos trinta pesquisadores do programa são bolsistas do CNPq. Em termos de nível de bolsas, os quantitativos são: 1A (1), 1C (1), 1D (5), 2 (3). As áreas do CNPq abrangidas são: Eng. Elétrica (6), Computação (2) e Eng. de Produção e Transportes (2). Segue a lista nominal dos bolsistas de produtividade do programa, com dados atualizados em 2024: 

– Antonio Augusto Medeiros Frohlich, nível 2, Computação

– Daniel Ferreira Coutinho, nível 1C, Eng. Elétrica

– Daniel Juan Pagano, nível 1 D, Eng. Elétrica

– Eduardo Camponogara, nível 1D, Computação

– Eugênio de Bona Castelan Neto, nível 1D, Eng. Elétrica

– Julio Elias Normey Rico, nível 1A, Eng. Elétrica (coord. do CA Engenharia Elétrica e Biomédica) 

– Laio Oriel Seman, nivel 2,  Eng. Elétrica

– Rodolfo César Costa Flesch, nível 1 D, Eng. Elétrica

– Rodrigo Castelan Carlson, nível 2, Eng. de Produção e Transportes

– Werner Kraus Junior, nível 1D, Eng. de Produção e Transportes

Destaca-se, ainda, que vários docentes têm mérito reconhecido na avaliação de projetos de pesquisa para fins de concessão de bolsa de produtividade, porém encontram a barreira da falta de recursos da agência de fomento para a efetiva concessão do benefício. 

Considerando os docentes permanentes em todos os anos do ciclo avaliativo, os registros dos perfis no site Google Scholar produzem a lista a seguir, organizada por linha de pesquisa de atuação principal. Observa-se uma boa distribuição das competências de produção científica entre as áreas do programa, considerando os registros automatizados e os indicadores calculados pelo site referido. A linha de pesquisa ACOISE foi considerada como linha secundária de atuação de todos os docentes. 

Citações h-index i10-index Publ.
Nome Linha pesq.  Tot   2020+ Tot 2020+ Tot 2020+ Total
Eduardo Camponogara Aut. Sist. Mecat. 5083  1975 32   23 94  54 254
Laio O. Seman Aut. Sist. Mecat. 2079  2025 27   27 46  45 121
Rodrigo C. Carlson Aut. Sist. Mecat. 1923   984 16   14 20  17 85
Edson R. de Pieri Aut. Sist. Mecat. 1647   512 19   10 43  10 184
Max H. de Queiroz Aut. Sist. Mecat. 1480   407 17   10 28  10 64
Eric A. Antonelo Aut. Sist. Mecat. 954   489 18   11 25  13 61
Werner Kraus Jr. Aut. Sist. Mecat. 887   452 16   13  20  15  79
Marcelo R. Stemmer Aut. Sist. Mecat. 659   287 15   11 21  11 135
Felipe G.O. Cabral Aut. Sist. Mecat. 283   160 8    7 7    6 34
Julio E. Normey Rico Controle  8356  3591 46   26 132  86 421
Alexandre Trofino Controle 3580   769 27   14 48  17 130
Daniel F. Coutinho Controle 2837   932 24   14 67  28 219
Daniel J. Pagano Controle 2442  1361 26   19 60  33 139
Eugênio Castelan Controle 2316   757 23   14 58  21 195
Rodolfo C. C. Flesch Controle 1718  1348 24   20 51  46 149
Marcelo M. Morato Controle 1358  1241 19   19 33   31 94
Ubirajara F. Moreno Controle 679   239 13    8 20    7 118
Gustavo A.de Andrade Controle 504   345 11   10 15   11 56
Marcus A. da Costa Controle 315   262 11   10 13   10 61
Daniel M. Lima Controle 296   200 9    8 9     6 32
Jomi Fred Hübner Sist. Computac. 7903  1926 33   17 92  30 321
Ricardo José Rabelo Sist. Computac. 2602   546 27    9 69   7 217
Carlos B. Montez Sist. Computac. 2247   824 23   16 53  25 204
Antonio A. Frohlich Sist. Computac. 2228   788 23   15 66  22 288
Leandro Buss Becker Sist. Computac. 1972   634 21   10 48  13 214
Rômulo S. Oliveira Sist. Computac. 1310   439 17   10 29  12 227
Ricardo A. R. Moraes Sist. Computac. 1057   354 18   11 36  12 111

Fonte: Google Acadêmico. https://scholar.google.com.br/citations (Acessado em 20/2/2025)

Ainda deve ser destacada a participação de dois docentes do programa em cargos de gestão da universidade:

  1. Werner Kraus Jr., Pró-Reitor de Pós-Graduação da UFSC, 2022 – 2026; 
  2. Edson Roberto de Pieri, Diretor do Centro Tecnológico da UFSC, 2020 – 2024;

e a participação do Prof. Julio Elias Normey Rico como membro (junho 2022 a maio 2024) e coordenador (junho 2024 a maio 2025) do CA-EE do CNPq (comitê assessor do CNPq para Engenharia Elétrica e Biomédica).

Cabe ressaltar que em cada área de atuação se destaca a produção de um docente “sênior” do programa, e que há docentes permanentes jovens (DPJ) que entraram no programa nos últimos anos e que também se destacam por sua boa produção, como é o caso dos Professores Laio O. Seman, Eric A. Antonelo e Marcelo M. Morato.

Com relação à renovação do corpo docente, no quadriênio 2021 – 2024, um docente permanente se aposentou (Rômulo S. Oliveira) e foram incorporados 6 novos DP (Laio O. Seman, Marcelo M. Morato, Daniel M. Lima, Marcus A. da Costa, Ricardo Alexandre Reinaldo de Moraes e Antonio A. Frohlich). Destes, Marcelo Menezes Morato, foi contratado por concurso público em  21/02/2024 e Marcus A. da Costa veio com transferência da UFBA em 2023 (inicialmente como colaborador e em 2024 como permanente), Laio O. Seman e Ricardo Alexandre Reinaldo de Moraes passaram de colaboradores a permanentes e Antonio A. Frohlich, que atua também no programa de ciências da computação, entrou como permanente pela ativa participação no programa. Tivemos ainda a solicitação de 2 docentes permanentes, que por motivos pessoais, solicitaram passar a colaboradores, e um docente que já estava aposentado deixou de atuar no programa.

Uma outra importante ação no âmbito da Pós-Graduação na UFSC que está relacionada com o corpo docente do programa e merece destaque,  é  o Programa  Professor  Visitante, que foi implantado em 2024:  (https://concursos.paginas.ufsc.br/files/2024/04/Edital-017-Visitantes_inteiro-teor.pdf). 

Essa  categoria  é direcionada  a  profissionais  brasileiros  ou  estrangeiros,  com  elevada  e  qualificada  produção  científica,  comprovada  experiência  formativa,  projeção  internacional  e/ou capacidade de atrair recursos, e tem por objetivos consolidar áreas, linhas e projetos de pesquisa, promover a internacionalização da UFSC no âmbito da Pós-Graduação e, em caráter  excepcional,  exercer  atividades  em  cursos  de  graduação  e  atividades  de extensão.  O  Programa  é  regido  pela  Resolução  Normativa  no  5/2019/CPG,  de 28/03/2019,  (https://concursos.ufsc.br/files/2019/04/Resolução-Normativa-nº5-Prof.-Visitante.pdf)  que  dispõe  sobre  as  normas  e  os procedimentos para a contratação de professor visitante pela UFSC. 

Nessa edição, concluído o processo seletivo, (que pode ser acessado em https://propg.ufsc.br/resultado-processo-seletivo-simplificado-professor-visitante-2024/),  40  Programas  de  Pós-Graduação foram contemplados com um Professor Visitante, brasileiro ou estrangeiro, na categoria Júnior ou Sênior. O PosAutomação participou do edital realizado em 2024 e teve aprovado um docente, o Prof. Laio Oriel Seman, que integra o corpo docente do PPG e vem contribuindo  significativamente  com  as  atividades do Programa. 

1.2.3. – Critérios de credenciamento e recredenciamento dos docentes

Conforme destacado na apresentação do número de docentes colaboradores do programa, os elementos da política de credenciamento incentivam o ingresso de docentes doutores recém-contratados pelo Depto. de Engenharia de Automação e Sistemas (EAS) ou jovens doutores atuantes em programas de pós-graduação de locais em consolidação para atuarem como colaboradores. Desta forma, incentiva-se a construção da carreira docente com atuação desde o início em programa de pós-graduação de excelência. Como exemplo, no quadriênio 2021-2024, dois ingressantes no quadro do EAS foram credenciados como colaboradores e um docente do campus de Blumenau passou de colaborador a permanente. 

Os critérios de recredenciamento implementam, na prática, uma diretriz implícita de estabilidade do quadro docente, evitando-se regras muito rígidas que levariam ao descredenciamento em função de, por hipótese, política de manutenção e de promoção da nota do programa centrada no desempenho individual do docente. Realizado a cada quatro anos, o recredenciamento define, por meio de critérios associados à excelência do programa, a categoria do docente em permanente ou colaborador de acordo com a nota obtida. Mesmo com notas baixas, o docente tem a opção de atuar como colaborador, passando a dividir cargas didáticas e de orientação em no máximo 20% do total do programa com os demais colaboradores. Se preza pela permanência de docentes do programa a despeito de diminuição eventual de produção científica, pois há confiança no grupo de que a atuação individual dos docentes orienta-se pela missão de formação de pessoas para a pesquisa com rigor acadêmico.

As regras de recredenciamento, estabelecidas na Resolução nº 1/PPGEAS/2019, de 9 de setembro de 2019, podem ser acessadas na página do programa em https://posautomacao.ufsc.br/legislacao/, ou diretamente no link: https://posautomacao.ufsc.br/files/2021/07/Resolucao-01-PPGEAS-2019-2021_CORRIGIDA-com-anexo.pdf   

1.3 Planejamento estratégico do Programa, considerando também articulações com o planejamento estratégico da instituição, com vistas à gestão do seu desenvolvimento futuro, adequação e melhorias da infraestrutura e melhor formação de seus alunos, vinculada à produção intelectual – bibliográfica, técnica ou artística.

Planejamento Estratégico PosAutomação e Plano de Desenvolvimento Institucional UFSC 2020-2024

O planejamento estratégico do PosAutomação, prevê a realização de rodadas a cada 5 anos, sendo as últimas realizadas em 2015 e 2020, visando definir as ações de melhorias para o período subsequente, em linha com a crescente importância dada ao planejamento e à autoavaliação dos programas no contexto do Sistema Nacional de Pós-Graduação. Durante o período 2021-2024 foram realizadas várias ações com vistas a atingir as metas estabelecidas no último planejamento e alinhar as atividades e objetivos com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2020-2024 da UFSC, que pode ser acessado em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222339.

Vários objetivos e iniciativas do PosAutomação alinham-se com o PDI da UFSC. Destacam-se: 

Ensino: 

E.1: Oferecer cursos de excelência.

– E1.21: Aumentar o número de Programas com notas 6 e 7 consolidando o plano institucional de internacionalização da pós-graduação stricto sensu.

– E1.23: Ampliar a inserção nacional e internacional da pós-graduação stricto sensu.

– E1.25: Aprimorar a integração entre os cursos de graduação e os programas de pós-graduação.

E.2: Fortalecer as políticas de seleção, acesso, inclusão, permanência e êxito estudantis.

– E2.3: Revisar a forma de divulgação dos processos seletivos de ingresso na UFSC, no campus sede e nos campi fora de sede.

– E2.5: Harmonizar os procedimentos dos editais de seleção de candidatos à pós-graduação e de bolsistas das agências de fomento.

E.4: Promover ações de interação com os egressos

– E4.1: Aperfeiçoar o sistema de acompanhamento dos egressos de cursos de graduação e pós-graduação da UFSC.

E.7: Promover a inovação e o empreendedorismo na formação

– E7.2: Apoiar, na graduação e pós-graduação, iniciativas de oferta de disciplinas e a realização de projetos que fomentem a inovação e o empreendedorismo.

E.10: Fortalecer e estimular a interdisciplinaridade curricular e extracurricular.

– E10.6: Promover eventos que fomentem a cultura da interdisciplinaridade e vocações para temas estratégicos nos programas de pós-graduação.

Pesquisa: 

P.1: Estimular e promover pesquisas em todas as áreas e níveis.

– P1.7: Aprimorar sistema de divulgação de pesquisas realizadas na UFSC.

– P1.5: Estabelecer mecanismos para apoiar iniciativas com potencial de captação de projetos de pesquisa relevantes.

– P1.11: Estabelecer mecanismos para monitorar e promover ações que levem à melhoria de índices que refletem a avaliação da UFSC em rankings reconhecidos.

– P1.13: Apoiar a elaboração de artigos científicos.

P.7: Fortalecer as relações técnico-científicas.

– P7.3: Realizar ações de internacionalização com instituições estrangeiras participantes do Programa Institucional de Internacionalização (PRINT-CAPES).

Gestão:

G.2: Ampliar a visibilidade e inserção da Universidade em âmbito nacional e internacional.

– G2.1: Divulgar nacional e internacionalmente a excelência do ensino, pesquisa e extensão da UFSC.

G.7: Fortalecer a internacionalização.

– G7.2: Dar visibilidade à produção técnico-científica da UFSC.

Durante o período 2021 – 2024, o programa realizou de forma continuada atividades de autoavaliação para, ativamente, estabelecer suas diretrizes e metas, bem como avaliar e propor correções de rumo.

Planejamento estratégico do PosAutomação e ações em 2021 – 2024

Cinco iniciativas estratégicas foram definidas.

Iniciativa estratégica 1: 

Desenvolver processos de comunicação  externa e interna​

Objetivos: melhorar a visibilidade do PosAutomação/UFSC para atração de mais candidatos;  melhorar os fluxos de informação (acadêmica, administrativa, científica) para todos os participantes do programa; melhorar a divulgação dos trabalhos técnico-científicos produzidos, incentivando a publicação em periódicos e congressos de alto prestígio. 

Esta iniciativa relaciona-se com as iniciativas seguintes do PDI-UFSC: 

  • E.2: Fortalecer as políticas de seleção, acesso, inclusão, permanência e êxito estudantis. Obj. E.2.3. 
  • P.1: Estimular e promover pesquisas em todas as áreas e níveis. Objetivos P.1.7 e P.1.13. 
  • G.7: Fortalecer a internacionalização. Objetivo G7.2: Dar visibilidade à produção técnico-científica da UFSC.

Ações: Durante o período anterior (2017-2020) tinha-se observado uma diminuição do número de inscritos nas chamadas de ingresso (com grande queda durante a pandemia) e também a falta de conhecimento das pesquisas realizadas no programa, tanto externa como internamente, além da existência de bons resultados de pesquisa sem publicações associadas. Assim, em 2021-2024 se executaram algumas ações:

  • Reformulação da estrutura do website do PosAutomação (https://posautomacao.ufsc.br/) (com enquete interna realizada em 2022).
  • Flexibilização do calendário dos editais de ingresso, com chamadas em novembro, fevereiro e julho.
  • Melhorar a “Revista PosAutomação”  (https://posautomacao.ufsc.br/revista-PosAutomação/).
  • Melhoria na divulgação por canais de mídias sociais.
  • Participação do PosAutomação em eventos de divulgação organizados na UFSC para a sociedade.
  • Maior divulgação de resultados de sucesso das pesquisas, como prêmios e outros destaques na página do PosAutomação e das notícias da UFSC: “divulga UFSC”. 
  • Participação de docentes em eventos nacionais com possibilidade de divulgação das pesquisas do programa, para atrair estudantes de outros estados.

Resultados: Estas ações tiveram bons resultados, que foram mensurados principalmente pelo número de inscritos ao programa de mestrado e doutorado (número que mais que triplicou de 2021 a 2024), pela melhora dos CVs dos candidatos às vagas e pelo maior número de candidatos com formação em instituições de excelência. Ainda se observou, a partir do número de visitantes da plataforma do programa, do número de downloads da revista eletrônica do PosAutomação e do número de acessos à seção de notícias do site, um crescimento do número de interessados nas atividades de pesquisa do PosAutomação. Ainda, a revista do PosAutomação recebeu muitos elogios por parte de estudantes e pesquisadores de outras instituições do país e tem grande acolhida entre os estudantes de graduação da universidade.

Outra ação, de cunho interno do programa, realizada entre 2021 e 2024 foi melhorar a integração entre os pesquisadores do programa através do fomento à participação em projetos de pesquisa em colaboração com a consequente co-orientação de mestrados e doutorados e publicação de artigos entre pesquisadores do PosAutomação. O número de trabalhos de pesquisa em colaboração vem aumentando gradativamente, sendo favorecido também pela participação de vários pesquisadores em projetos de pesquisa integradores do PosAutomação, como são o INCT CAPE e o PRH 2.1. 

Finalmente, a coordenação e a secretaria do programa têm trabalhado melhorando a comunicação entre docentes, discentes  e a coordenação, com a criação de canais de comunicação específicos para cada assunto,  diminuindo o tempo de resposta dos processos e disponibilizando toda a informação possível na web do programa de forma fácil e simples. 

Iniciativa estratégica 2: 

Buscar mais projetos, parcerias e convênios com financiamento de agentes dos setores produtivos​. 

Objetivos: aproveitar o potencial de relacionamento das linhas de pesquisa do PosAutomação/UFSC com problemas enfrentados pelo setor produtivo; prover menor dependência de recursos de fomento em face às políticas de cortes para o SNPG; melhorar a participação em chamadas públicas de apoio a projetos cooperativos com empresas. 

Esta iniciativa relaciona-se com as iniciativas seguintes do PDI-UFSC: 

  • E.7: Promover a inovação e o empreendedorismo na formação. Obj: E7.2. 
  • P.1: Estimular e promover pesquisas em todas as áreas e níveis. Obj: P.1.5. 

Diagnóstico: 

Trabalhos de pesquisa realizados no PosAutomação têm aplicação no setor produtivo, porém a busca por parcerias com empresas ainda é pequena; incertezas na política de financiamento do SNPG pelos governos federal e estadual dificultam a orientação de esforços; várias fontes de recurso público disponíveis exigem contrapartidas do setor produtivo; concentração de parcerias com empresas em poucos parceiros (Petrobrás, principalmente); pujança do setor produtivo catarinense apresenta oportunidades de parcerias, inclusive com existência de ecossistema de inovação na grande Florianópolis; demanda por projetos, empresas de base tecnológica e spin-offs.

O planejamento previa principalmente incrementar as cooperações financiadas junto à comunidade empresarial, junto a outras PGs, organizações científicas e órgãos de fomento governamentais

Ações no quadriênio 2021-2024: 

Podemos comprovar que foram realizadas várias ações que levaram a aumentar as cooperações financiadas junto à comunidade empresarial, junto a outras PGs, organizações científicas e órgãos de fomento governamentais. As principais ações realizadas foram:

  • Reuniões com as empresas da Vertical Manufatura (VM) da ACATE – Associação Catarinense de Tecnologia (www.acate.com.br) para buscar demandas destas empresas que pudessem se transformar em projetos para fins de utilização em trabalhos finais de disciplinas ou pesquisas dentro do programa
  • Participação do docente do programa Ricardo Rabelo, no Board da VM da ACATE (que tem 8 membros) e participa, representando a UFSC/Academia, de todas as reuniões mensais ordinárias da VM e do mencionado Board. Isso levou à participação de docentes em editais envolvendo empresas da VM para a Finep.
  • Participação dos docentes do programa Rodolfo C. Costa Flesch e Julio Elias Normey Rico em reuniões com empresas catarinenses como Newcharge, Nidec Global Appliance Brasil Ltda, Atlas Power, Reivax para alinhamento de pesquisas e discussão de projetos em colaboração.
  • Participação do Prof. Rabelo de outras iniciativas importantes para o estreitamento das relações entre o programa e a indústria, como a participação em um curso de Indústria 4.0 e Transformação Digital da Fundição Tupy, numa iniciativa em parceria com o Senai de Santa Catarina. Também, o mesmo professor participou da elaboração do documento de base da Estratégia Nacional da Indústria 4.0, que foi entregue ao Ministério da Economia em 2021.
  • Estabelecimento de cooperação com docentes de outros PPGs da UFSC e de outras universidades para a proposição de projetos de pesquisa com financiamento. 
  • Organização do corpo docente em grupos de pesquisa/desenvolvimento multidisciplinares para elaboração de propostas de projetos de grande porte em editais FINEP e CNPq
  • Organização de eventos na UFSC focados em áreas estratégicas como H2 verde, transição energética e mobilidade, com participação de empresas catarinenses, permitindo a aproximação do programa com as empresas.

Resultados: Estas ações tiveram bons resultados, que podem ser mensurados principalmente pelos projetos aprovados. Os detalhes destes projetos estão no item 3.2, assim como os links para a lista completa dos projetos 21 aprovados. O valor captado no quadriênio (30 milhões) é mais do dobro do captado no quadriênio anterior, o que atende ao objetivo estabelecido no planejamento, de aumento de 100% em 4 anos do valor financeiro direto e indireto advindo de cooperações financiadas. Também destaca-se a diversificação das fontes de recursos, que era outro dos objetivos do planejamento estratégico, com projetos aprovados com financiamento das empresas Nidec Global Appliance Brasil Ltda, Atlas Power e Bosch Rexroth Ltda.

Iniciativa estratégica 3:

Aprimorar a inter-relação entre a pesquisa e o ensino em disciplinas, melhorando a formação dos egressos​. 

Objetivos: rever currículo de formação e das disciplinas oferecidas, visando maior alinhamento com os temas efetivamente pesquisados em nível de mestrado e de doutorado no PosAutomação/UFSC; melhorar a atratividade do programa a partir da oferta de disciplinas modernas e de grande procura para formação especializado por egressos de cursos de graduação em engenharias, computação, matemática e física, dentre outras; melhorar a seleção de alunos visando reduzir a evasão por desempenho insuficiente; propiciar melhores condições para a inserção de alunos de graduação do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC nas disciplinas do PosAutomação visando aumentar a taxa de permanência de alunos da graduação na pós-graduação; melhorar o fluxo discente com defesas dos trabalhos de conclusão dentro dos prazos regulares (24 meses para o mestrado e 48 meses para o doutorado); atingir o número médio anual de defesas previsto no Projeto do Curso: 30 defesas de mestrado e 15 defesas de doutorado por ano.

Esta iniciativa relaciona-se com as iniciativas seguintes do PDI-UFSC: 

  • E.1: Oferecer cursos de excelência. Obj: E1.21, E.25. 
  • E.7: Promover a inovação e o empreendedorismo na formação. Obj: E7.2. 
  • E.10: Fortalecer e estimular a interdisciplinaridade curricular e extracurricular. Obj: E10.6. 

Ações: Durante 2021-2024 foram realizadas várias ações:

  • Criação de disciplinas relacionadas a Indústria 4.0, energias renováveis, inteligência artificial e outros temas de interesse atual.
  • Criação de disciplinas em horários mais adequados (final de tarde) para a participação de mestrandos e doutorandos que atuam em tempo parcial.
  • Escolha de disciplinas de outros programas para sugerir aos discentes com foco na interdisciplinaridade. 
  • Participação do PosAutomação em várias de redes de programas de pós-graduação, para fomentar a colaboração entre áreas de pesquisa complementares. Os detalhes desta ação estão na página do programa https://posautomacao.ufsc.br/redes-de-ppg/
  • Fortalecimento da linhas de formação especializada no curso de graduação em engenharia de controle e automação, com inclusão de disciplinas do PosAutomação como optativas. Detalhes desta iniciativa podem ser acessados na página do curso de graduação https://automacao.ufsc.br/optativas-profissionalizantes/ 
  • Reformulação da orientação acadêmica no primeiro semestre dos mestrandos ingressantes para detectar lacunas de formação.
  • Fortalecimento do apoio técnico e financeiro para a participação dos discentes nas conferências nacionais e internacionais mais importantes com apresentação de trabalhos de pesquisa, favorecendo, assim, a divulgação das atividades do programa e consolidando a formação dos discentes como pesquisadores.
  • Reuniões entre a coordenação e os docentes do programa para estabelecimento de metas e cronogramas dos projetos de mestrado e doutorado, com vistas a conseguir a finalização dentro do prazo e com publicações relevantes. 

Resultados: Estas ações tiveram bons resultados, que foram mensurados principalmente pelo número de inscritos nas novas disciplinas criadas, que tiveram, em média, uma demanda bem maior que as outras do curso. Aumento da participação de estudantes de graduação nas disciplinas do PosAutomação, consideradas optativas para o curso de graduação e validadas posteriormente pelos estudantes após o ingresso no mestrado. Isto tem permitido que os mestrandos oriundos do curso de Engenharia de Controle e Automação da UFSC completem os créditos em um semestre e possam se dedicar antes ao tema da pesquisa, possibilitando, para esses estudantes, uma redução no tempo de formação. Também se conseguiu uma melhoria dos índices de produção científica dos discentes e uma melhoria na divulgação dos trabalhos de pesquisa. Por exemplo, em 2024, o PósAutomação participou do maior congresso nacional em controle e automação, o CBA 2024, com 32 artigos apresentados por mestrandos e doutorandos do programa. Ao serem observados os indicadores do programa  para as produções com pelo menos um autor discente ou egresso, eles aumentaram mais de 20% no quadriênio (detalhes destes indicadores são apresentados no item 1.4 deste relatório).

Com relação aos dados de desistência e desligamentos, temos a seguinte situação:

  • Desligamentos realizados de acordo com o regimento da universidade (por não finalizar no prazo máximo ou desempenho insuficiente): 

**Mestrado (9): 1 em 2021, 3 em 2022, 3 em 2023 e 2 em 2024.

**Doutorado (4): 1 em 2022, 2 em 2023 e 1 em 2024.

  • Desistentes (discentes que não renovaram matrícula e não tivemos mais contato)

**Mestrado (4): 1 em 2021, 2 em 2022 e 1 em 2023.

**Doutorado: (0)

O pico em 2022 e 2023, foi causado principalmente pelo efeito retardado da pandemia do COVID 19, discentes que ingressaram uns anos antes e mesmo com os alongamentos dos prazos para defessa, não conseguiram concluir. Também, muitos deles tiveram problemas de saúde mental. Como podemos observar, a situação está se normalizando com um valor bem menor em 2024. Um outro ponto importante para comentar, que uma discente de doutorado e 3 discentes de mestrado, que foram desligados por estourar o prazo máximo (problemas de saúde), voltaram a se matricular no curso, e são agora alunos regulares. 

Por outro lado, em termos de tempo de formação e de quantidade de egressos por docente/ano, podemos considerar que estão abaixo do que se planejou como objetivo do programa. Houve um movimento muito grande, em nível nacional e também mundial, de esvaziamento dos cursos de pós-graduação, com diminuição da procura por cursos de mestrado/doutorado durante e depois da pandemia da covid. Várias são as causas apontadas pelas pesquisas realizadas, mas entendemos que nas áreas técnicas bem correlacionadas com tecnologia da informação e automação, a grande oferta de vagas para emprego remoto de empresas brasileiras e internacionais pagando bons salários é a principal causa da falta de interessados em uma formação de pós-graduação.

A situação, apesar de ter melhorado um pouco nos últimos editais, graças às ações tomadas pela coordenação do programa, ainda não se aproxima aos períodos anteriores a 2019. Com relação ao tempo de formação dos doutores, temos uma média no quadriênio de 5 anos. O número de defesas de tese foi de 37 no quadriênio, uma média de 9,3 teses por ano, que indica uma média de 0,45 teses por docente por ano. Com relação ao tempo de formação dos mestres, temos uma média no quadriênio de 2,7 anos. O número de defesas de dissertação foi de 64 no quadriênio, uma média de 16 dissertações por ano, que indica uma média de 0,77 teses por docente por ano. 

Por outro lado, todas as ações mencionadas tiveram efeito positivo na qualidade dos trabalhos dos discentes e egressos, destacando-se os prêmios recebidos em eventos e organizações. Neste quadriênio os docentes e discentes do programa receberam 9. Os detalhes dos prêmios recebidos podem ser verificados no item 3.3.2 deste relatório e na página do programa https://posautomacao.ufsc.br/premios/.

Iniciativa estratégica 4 

Desenvolver processo de autoavaliação do  programa com diagnósticos e proposição de melhorias.

Objetivos: consolidar processo permanente de autoavaliação, seja por meio de indicadores bem definidos e similares, por exemplo, a indicadores usados na avaliação CAPES, seja por meio de técnicas qualitativas; fomentar rotinas de avaliação por meio dos discentes, tanto das disciplinas oferecidas a cada ano como das condições gerais de formação e de pesquisa do programa; acompanhar, visando eventuais ajustes, o próprio processo de implementação das iniciativas estratégicas. ​

Esta iniciativa relaciona-se com as iniciativas seguintes do PDI-UFSC: 

  • E.1: Oferecer cursos de excelência. Obj: E1.21. 
  • P.1: Estimular e promover pesquisas em todas as áreas e níveis. Obj: P1.11. 

Ações: Durante 2021-2024 foram realizadas várias ações nesta iniciativa estratégica:

  • Aprimoramento do método de avaliação do desempenho geral dos docentes. Uma comissão foi encarregada de essa atividade e os resultados apresentados ao colegiado pleno. Posteriormente o método foi usado para realizar um acompanhamento do desempenho dos docentes e uma avaliação interna parcial em 2023. Finalmente, o método também foi usado para fins de recredenciamento em 2024.
  • Reuniões no colegiado delegado e colegiado pleno para apresentação dos resultados da avaliação 2017 – 2020, com análise dos pontos fortes e fracos do programa. Definição de estratégias de atuação para melhorar os pontos fracos.
  • Foi realizada uma avaliação discente para promover melhorias na página WEB do programa. https://drive.google.com/drive/folders/1jluCAj7_xXIe1FnizxNrHqmoJY_a1ck3?usp=sharing
  • Foi realizada uma avaliação discente para cada disciplina ministrada (detalhes no item 1.4).
  • Aplicação, junto a discentes e docentes, de questionários sobre diversos aspectos do programa (detalhes no item 1.4).
  • Aplicação, junto à Pró-Reitoria de Pós-Graduação, de uma avaliação das condições gerais do programa, envolvendo discentes, docentes e servidores técnico-administrativos (detalhes no item 1.4).
  • Ajuste de cargas horárias de professores do programa de forma a equilibrar a carga horária em disciplinas de graduação e de pós-graduação. 
  • Incentivar os professores do programa a propor maior quantidade de projetos de pesquisa para bolsistas de iniciação científica, como forma de aproximar as atividades e melhorar a integração dos cursos de graduação e de pós-graduação e, consequentemente, atrair futuros candidatos ao mestrado e doutorado.
  • Participação do coordenador no seminário de meio-termo da DAV/CAPES trazendo as conclusões do seminário para o colegiado pleno do programa. Análise da situação do PosAutomação e definição de estratégias para corrigir os pontos fracos e fortalecer as estratégias alinhadas com a missão e os objetivos do programa. 

Resultados:

Os procedimentos adotados para a autoavaliação foram bem aceitos entre docentes e discentes do programa, com boa adesão. Como exemplo, destacamos que os indicadores de desempenho associados à distribuição de carga horária na pós-graduação (ATI) e orientação de bolsistas de iniciação científica (ATG2) tiveram uma melhora significativa, se compararmos o ano de 2021 e os anos de 2022 e 2023, como mostram as tabelas abaixo. Ainda, o processo de oferta de disciplinas e o equilíbrio das cargas horárias na graduação e na pós-graduação é um processo que requer ajustes em parceria com os departamentos envolvidos.

Tabela com carga horária dos docentes permanentes

Ano

Carga horária média na pós

Carga horária média na Graduação

2021

52

197

2022

36

133

2023

48

163

2024

73

197

Tabela com orientação de ICs dos docentes permanentes

Ano Total de IC orientados Média de orientações de IC por docente

2021

13

0,68

2022

30

1,57

2023

52

2,47

2024 27

1,26

Com relação aos resultados da orientação de bolsistas de iniciação científica, ainda é necessário buscar procedimentos para conseguir maior engajamento dos estudantes de graduação nas atividades de iniciação científica. A situação atual é que a grande maioria dos estudantes de graduação consegue estágio em empresas na área de TI desde as primeiras fases do curso, com pagamento de bolsa de estágio de valor 2 a 3 vezes o valor da bolsa de IC e, assim, a atratividade da bolsa IC acaba diminuindo. O programa tem incentivado a inclusão de bolsas de iniciação científica em projetos de P&D com a indústria (coordenados por docentes do programa) de forma a incentivar a participação de alunos de graduação nas atividades de pesquisa do programa. Como pode ser visto da tabela, o número de ICs aumentou bastante em 2023 mas teve uma queda em 2024, apesar de a quantidade de vagas oferecidas não ter diminuído, mas sim a procura por elas. Deve ser destacado que a participação de docentes nas orientações de estudantes de graduação não se restringe às orientações de iniciação científica propriamente dita e é bastante expressiva nos projetos de fim de curso da engenharia de controle e automação, que frequentemente são projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Outras ações: 

  • Foram realizadas mudanças em grades de horários das disciplinas e foram criadas novas disciplinas considerando dados de avaliação discente, aumentando a participação de estudantes nas disciplinas. 
  • A página WEB foi modificada incluindo informações adicionais e melhorando o acesso às informações para facilitar a comunicação interna e externa do programa, usando o resultado dos questionários enviados aos discentes.

Iniciativa estratégica 5: 

Atualizar as áreas e as linhas de  pesquisa do programa conforme as perspectivas futuras da Automação​. 

Objetivos: antecipar tendências de temas de pesquisa e mobilizar grupos docentes e discentes do PosAutomação/UFSC para direcionar esforços em temas estratégicos identificados; colimar objetivos de pesquisa para criação de sinergias que fortaleçam o programa em áreas temáticas estratégicas, respeitando o caráter multidisciplinar e as iniciativas individuais dos pesquisadores. 

Esta iniciativa relaciona-se com as iniciativas seguintes do PDI-UFSC: 

  • E.1: Oferecer cursos de excelência. Objetivos: E1.21, E1.23. 
  • P.1: Estimular e promover pesquisas em todas as áreas e níveis. Objetivo: P1.5. 

Ações: Durante 2021 a 2024, foram conduzidas as seguintes ações.

  • Organização e participação em workshops com especialistas nacionais e estrangeiros para discussão de temas importantes para a sociedade e o país nos quais o controle e a automação podem ter grande impacto, como na área de energias renováveis,  transformação digital, inteligência artificial e gestão ambiental (https://inctenergia.ufsc.br/Workshops/WorkshopINCT2024/workshop_inctcape24.html, https://propesq.ufsc.br/workshop-petrobras/ ).
  • Webinars com profissionais do setor de Petróleo e Gás para discussão sobre tendências de mercado e alinhamento dos temas (gêmeos digitais no refino, controle integrado de plataformas). 
  • Leitura dos planejamentos estratégicos das principais empresas do setor de energia para entender a visão de futuro do mercado e melhorar o atendimento das necessidades industriais no oferecimento de disciplinas.
  • Oficialização nos editais da admissão de estudantes de mestrado em tempo parcial (dada a grande demanda) e proposta de uma estratégia que tem permitido incorporar estes discentes no programa.
  • Mudança de uma das linhas de pesquisa do programa, para inclusão de energias renováveis e combustíveis do futuro, como H2: “Automação, controle, otimização e instrumentação de sistemas de energia, com foco em óleo, gás e fontes renováveis”, dado que a relevância e o impacto social do programa depende de priorização de temas importantes para a sociedade.
  • Alinhamento com cinco dos sete temas prioritários da Resolução n. 2/2021 do Conselho Nacional de Política Energética, como forma de atendimento das necessidades de formação de pessoas para cumprimento de políticas públicas no setor energético. 
  • Aumento do oferecimento de disciplinas e temas e pesquisa na área de inteligência artificial.
  • Oferecimento de disciplinas na área de energias renováveis.

Resultados:

  • Os docentes do programa têm se organizado em grupos e submetido várias propostas de projetos em temas estratégicos na área de energia com muito sucesso, conseguindo recursos de mais de 10 milhões de reais no período (ver detalhamento dos valores no item de projetos).
  • Os projetos de pesquisa nos temas importantes para a sociedade tem atraído estudantes nos editais de mestrado e doutorado. Por exemplo, no último edital, a maioria dos aprovados escolheu a área de “Automação, controle, otimização e instrumentação de sistemas de energia, com foco em óleo, gás e fontes renováveis” para a realização das pesquisas no curso.
  • O número de mestrandos em regime parcial com participação de engenheiros de empresas do estado de Santa Catarina tem aumentado, favorecendo a relação entre a universidade e o setor produtivo.
  • As disciplinas na área de inteligência artificial e energias renováveis têm sido das mais procuradas do programa. 

Outras iniciativas: Infraestrutura para pesquisa e ensino

Com relação a adequação e melhorias da infraestrutura do programa, houve, no presente quadriênio, uma melhora significativa em termos de infraestrutura de laboratórios para desenvolvimento das pesquisas e de sala de aulas e de estudo dos discentes. Os laboratórios receberam novos equipamentos, com recursos de projetos de pesquisa com agências de fomento e empresas, com vários milhões de reais investidos em equipamentos e serviços de instalação e várias centenas de milhares de reais em reforma da infraestrutura. Detalhes dos valores de projetos podem ser vistos no item 3.2. Nas salas de aulas, foram instalados equipamentos de videoconferência e novos quadros. Os equipamentos instalados permitem a realização de aulas híbridas com participação do docente e parte dos discentes de forma presencial e parte dos discentes de forma remota, como se comenta com mais detalhes no item 10. O número de vagas nas salas de estudo dos discentes foi aumentado e foram adquiridos novos computadores e monitores. Isto permitiu melhorar o ambiente de trabalho dos discentes.

Planejamento para o próximo quadriênio e planejamento de longo prazo

O planejamento estratégico do programa está previsto para ser realizado em 2025. Com base nos resultados da autoavaliação neste quadriênio, algumas estratégias já estão sendo delineadas, definindo ações táticas para o quadriênio seguinte e para o posterior (2029 – 2032). Na sequência, analisam-se as principais ações táticas planejadas nas diversas linhas:

Planejamento da evolução do corpo docente

O PosAutomação têm incorporado no seu corpo docente jovens doutores substituindo os docentes que se aposentaram nos últimos anos. A taxa de aposentadorias de DP vem se mantendo abaixo de 10% a cada quadriênio, e a previsão para o quadriênio 2025-2028 é que se mantenha próxima desse valor. De todas formas, a coordenação do programa tem proposto, aos departamentos associados responsáveis pelos concursos públicos para as vagas liberadas, uma estratégia que leve em consideração as necessidades da pós-graduação. Desta forma, pretende-se contratar docentes que sejam capazes, em um período curto de tempo, de se tornarem DP do programa e mantenham uma produção em termos da qualidade e quantidade de publicações e orientações próxima da média do programa. Essa estratégia já teve sucesso em alguns dos concursos realizados nos últimos anos e os docentes contratados já atuam no programa como DPs com uma produção de qualidade.

Como planejamento para os próximos quadriênios, a estratégia é aumentar o número de docentes permanentes com o ingresso dos atuais jovens doutores que atuam como colaboradores no programa e com outros docentes das unidades da UFSC que virão se associar na forma de pólos. Nossa proposta é aumentar para 25 docentes permanentes no próximo quadriênio e para 27 no seguinte.

Formação

Uma autoavaliação das atividades de formação durante o presente quadriênio mostram que: 

  • a qualidade da formação do programa é muito bem avaliada;
  • a formação de doutores como docentes/pesquisadores é predominante, o que é esperado no nosso país pois não há uma cultura consolidada de doutores atuando no mercado de trabalho fora da academia;
  • a formação de mestres para o mercado de trabalho na indústria e serviços, principalmente na área de tecnologias da informação tem aumentado, mostrando que o mercado de trabalho destas empresas procura engenheiros com conhecimentos mais avançados;
  • a formação de mestres também é importante para o continuar no doutorado no programa ou na área acadêmica (em geral de forma temporária, pois realiza o doutorado posteriormente).

Assim, as ações a serem consideradas no planejamento de longo prazo são:

(1) Melhorar a preparação dos mestres para o mercado de trabalho em “Automação e Sistemas” para atender às exigências do mercado de trabalho nesse setor, considerando:

  • Realizar uma atualização curricular constante, para estarmos alinhados com as tendências tecnológicas e demandas do mercado. O programa já possui disciplinas como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), robótica avançada, aprendizado de máquina, cibersegurança e sistemas embarcados, mas a colaboração com empresas e indústrias pode ajudar a identificar as competências mais relevantes e atualizar os currículos de forma contínua. 
  • Incluir disciplinas que abordem eficiência energética, uso de recursos renováveis e práticas de produção limpa aos programas de formação, buscando mestres que desenvolvam sistemas e soluções que minimizem o impacto ambiental. 
  • Manter na proposta do mestrado um equilíbrio entre o conhecimento teórico e a aplicação prática. 
  • Manter os laboratórios equipados com tecnologias de ponta, como plataformas de automação industrial, simuladores e softwares especializados.
  • Incrementar as parcerias com empresas para estágios e projetos conjuntos, que possam oferecer bolsas de estudo e a participação de profissionais do mercado, para aproximar os discentes da realidade industrial.
  • Buscar atrelar os temas de mestrado a projetos de pesquisa que abordam desafios reais da indústria, como eficiência energética, automação de processos e integração de sistemas, contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras. 
  • Incrementar as parcerias com instituições estrangeiras com programas de intercâmbio e estágios no exterior, para que os mestres ampliem seus horizontes e adquiram conhecimentos sobre as melhores práticas globais em automação e sistemas.

(2) Para aprimorar a formação de mestres e doutores em “Automação e Sistemas” para atuar como docentes em universidades ou institutos federais e estaduais de educação, o programa vai focar em uma abordagem que integre excelência acadêmica, desenvolvimento pedagógico, experiência prática e habilidades de liderança, com o objetivo do fortalecimento da educação superior e para o avanço da ciência e da tecnologia em nossa sociedade. As atividades do programa terão como foco:

  • Manter a excelência na formação acadêmica hoje proporcionada pelo programa, com excelência na pesquisa e no domínio do conhecimento específico da área de atuação. 
  • Aprimorar as estratégias de desenvolvimento de competências pedagógicas, através dos programas de estágio de docência e a atuação como professor assistente, com oportunidades regulares de lecionar, sob a orientação de professores do programa. 
  • Criar estratégias de incentivo à produção científica e à divulgação do conhecimento, buscando aumentar a publicação de artigos científicos e a participação em conferências.
  • Fomentar atividades de mentoria e orientação, com a participação dos discentes em projetos co-orientando estudantes de iniciação científica.
  • Fomentar atividades interdisciplinares, para incentivar os discentes a colaborar com pesquisadores de outras áreas.
  • Incentivar a internacionalização, buscando recursos para programas de intercâmbio, através de colaborações com instituições estrangeiras e participação em redes internacionais de pesquisa. 

(3) Elaboração de um plano para estudo da viabilidade de implantação de um mestrado profissional no programa. 

Aumentar a atração de mestrandos e doutorandos

Um dos problemas mais importantes do sistema de pós-graduação nacional e também internacional, é a baixa demanda. O número de candidatos para os cursos de mestrado e doutorado é atualmente bem menor que na década passada. As causas desta diminuição da demanda são várias, mas a atratividade pode ser melhorada atuando em aspectos como proposição de temas de pesquisa mais chamativos, parcerias com empresas para capacitação de seus engenheiros e projetos com empresas pagando bolsas diferenciadas, parceiras com outras instituições com pesquisas focadas em temas de interesse regional. Assim, o programa terá como objetivos de longo prazo:

  • Fortalecer a atração de professores com grau de mestre de universidades e institutos de educação para realização do doutorado, buscando parcerias com instituições no interior dos estados da Região Sul (por questões de proximidade geográfica) e nas outras regiões do país onde não há programas de referência na área de atuação “Automação e Sistemas”.
  • Estabelecer parcerias com universidades no exterior para conseguir bolsas pagas pelas entidades parceiras e assegurar estágio de mestrado e doutorado sanduíche para os candidatos.
  • Estabelecer parcerias com empresas do estado para definir temas de pesquisa de interesse do programa e da empresa, que garantam recursos para pagamento de bolsas com valores diferenciados e que facilitem a fixação dos egressos na empresa após o curso. 
  • Continuar a estratégia iniciada nos últimos anos para busca de recursos financeiros para instalação de laboratórios de ponta em temas estratégicos, que aumentem a atratividade do programa.
  • Continuar e aprimorar as atividades de divulgação, com palestras presenciais e on-line para mostrar os projetos de pesquisa do programa e as oportunidades para os ingressantes.
  • Implementar uma estrutura de pólos do programa no estado de Santa Catarina (os detalhes são descritos no próximo item).

Inserção regional – polos no interior do estado de Santa Catarina

O estado de Santa Catarina possui várias micro-regiões com polos industriais fortes e demanda por mão-de-obra especializada nas áreas de atuação do programa. São regiões onde a demanda por cursos de pós-graduação não é atendida de forma direta. Em várias dessas regiões, a UFSC já possui unidades de atuação com cursos de graduação, e alguns grupos de pesquisa que atuam em áreas correlacionadas com as do programa. No caso particular da cidade de Blumenau, a UFSC oferece um curso de graduação de engenharia em controle e automação e vários dos docentes são colaboradores nas pesquisas com docentes do programa. Assim, a formação de pólos do nosso programa nessas unidades da UFSC é um projeto que vem sendo estudado e algumas reuniões foram realizadas com docentes dessas unidades para analisar a viabilidade e implementação. A proposta, para implementação do mestrado na estrutura de pólos, seria baseada nos seguintes pontos:

  • O número de vagas no mestrado do PosAutomação seria ampliado oferecendo vagas para estudantes das diferentes regiões do estado. Todos os candidatos participarão do processo seletivo normal do programa e os estudantes selecionados farão matrícula no curso de mestrado.
  • As disciplinas seriam oferecidas na modalidade híbrida de forma síncrona envolvendo duas ou mais universidades, onde estudantes locais participam presencialmente e os de outras unidades acompanham de forma remota e síncrona.
  • O mestrado usaria inicialmente as disciplinas do PosAutomação e seriam adicionadas disciplinas específicas das outras unidades, em temas a serem definidos de acordo com as competências dos professores/pesquisadores locais. Isto permite ampliar a oferta de disciplinas, promover a integração entre as unidades, e aumentar a demanda do programa.
  • Os docentes participantes dos pólos seriam inicialmente cadastrados com colaboradores do programa e poderiam ser integrados ao corpo docente permanente posteriormente, de acordo com a produção e envolvimento.
  • As orientações seriam realizadas inicialmente pelos docentes cadastrados no programa e com co-orientação dos integrantes dos pólos.
  • O programa investiria recursos para ampliar e melhorar as condições das plataformas de videoconferência, ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), câmeras de alta qualidade, microfones e sistemas de captura de áudio para garantir uma experiência imersiva aos alunos remotos.
  • Os participantes usariam a estrutura da UFSC, que já possui internet estável e de alta capacidade para suportar a transmissão de vídeo e a interação simultânea de múltiplos participantes.
  • Seriam usadas muitas das ferramentas e procedimentos que hoje já usamos, como:
  • Uso de ferramentas de interação, como chats, enquetes e salas de breakout, para envolver os alunos remotos.
  • Rotação de perguntas e participações entre alunos presenciais e remotos.
  • Gravação das aulas para que os estudantes possam revisar o conteúdo posteriormente.

– A maioria dos professores já teve experiência durante a pandemia da covid, mas será prevista uma capacitação para ministrar aulas híbridas, com:

  • Treinamento no uso das ferramentas tecnológicas.
  • Desenvolvimento de habilidades pedagógicas para engajar tanto alunos presenciais quanto remotos.
  • Estratégias para garantir a participação ativa de todos os estudantes, como enquetes, debates e trabalhos em grupo virtuais.

– Ainda, com relação aos projetos dos estudantes, propõe-se realizar o desenvolvimento de projetos de pesquisa conjuntos, favorecendo a criação de redes de conhecimento.

Esta proposta tem como objetivo atender a demanda de estudantes dessas regiões por um mestrado sem necessidade de morar em outra região, e atender a demanda dos professores/pesquisadores para atuar em um programa de pós-graduação de excelência. O PosAutomação também ganha com isso, por aumentar o número de discentes e de egressos.

O planejamento é implementar a proposta de pólos para uma das unidades da UFSC em Santa Catarina no quadriênio 2025 – 2028 (Blumenau, Aranaguá ou Joinville), e posteriormente, nos seguintes quadriênios ampliar os pólos para outras cidades do estado e outras regiões do país. Inicialmente, o foco será nas instituições em que há atuação de egressos do programa que atuam como docentes de cursos de graduação de engenharia de controle e automação ou mecatrônica. 

Tempo de formação de mestres e doutores

O tempo de formação dos mestres e doutores tem se distanciado dos valores ótimos esperados de 24 e 48 meses, respectivamente. As causas deste problema são várias, desde formação fraca no curso de graduação/mestrado dos ingressantes que vêm de outros cursos/programas até questões econômicas, que exigem que os discentes realizem outras atividades com remuneração durante o curso para poder se manter. Reduzir o tempo de conclusão do curso sem comprometer a qualidade da formação tornou-se um desafio importante para o programa e para os estudantes. Para alcançar esse objetivo, é necessário adotar estratégias eficientes que otimizem o processo de aprendizagem, a pesquisa e a gestão do tempo. Assim, o programa terá como objetivos de longo prazo buscar procedimentos para essa redução de tempo como os elencados abaixo:

  • Busca de recursos com empresas e agências de fomento para proposição de projetos de pesquisa com recursos para manter o estudante desde o início do curso 100% dedicados às atividades do programa.
  • Aprimorar a integração entre a graduação e a pós-graduação (já existente hoje no programa) para: (i) aumentar a participação de estudantes de graduação nas disciplinas do mestrado, permitindo a obtenção de créditos de forma mais rápida; (ii) possibilitar a escolha de temas de pesquisa no mestrado que sejam continuação do tema desenvolvido no projeto de fim de curso da graduação.
  • Criar mecanismos para aumentar a integração entre o mestrado e o doutorado, buscando maiores percentuais de egressos do mestrado indo para o doutorado.   
  • Investir recursos em tecnologias e ferramentas digitais, como softwares de gestão de referências bibliográficas, plataformas de análise de dados e ferramentas de colaboração on-line, para otimizar o tempo dedicado à revisão da literatura, coleta de dados, entre outras atividades que podem ser otimizadas.
  • Oferecer cursos e treinamentos intensivos em metodologia de pesquisa, redação científica e análise de dados no início do mestrado pode preparar os alunos para conduzirem suas pesquisas de forma mais autônoma e eficaz. Esses cursos devem ser práticos e focados nas necessidades específicas dos mestrandos, ajudando-os a superar desafios comuns de forma mais rápida.

Pesquisa e produção científica 

O programa vem realizado pesquisas de qualidade e a produção científica em termos de artigos publicados com participação de docentes e discente é boa, porém algumas ações de longo prazo serão consideradas para os próximos quadriênios:  

  • Serão incentivadas pesquisas direcionadas a áreas estratégicas para o país em termos de aplicações, de forma a fortalecer a interação com a indústria, a transferência de tecnologia para o setor produtivo, e manter ou melhorar a inserção de mestres e doutores no mercado de trabalho fora do ambiente acadêmico.
  • Serão realizadas iniciativas para integração dos docentes das diferentes linhas de pesquisa em projetos de caráter multidisciplinar.
  • Será incentivada a participação em redes de pesquisa dentro e fora da UFSC e buscar-se-ão novos parceiros nacionais e internacionais para os projetos integradores como o INCT CAPE, coordenado pelos docentes do programa. Por exemplo, no início de 2025, foi criado na UFSC o Centro Temático de Transição Energética, com coordenação de docentes do PosAutomação, integrando várias áreas de conhecimento em engenharia (elétrica, mecânica, química, civil e automação).

Captação de recursos

Será dada continuidade às estratégias já implementadas que permitiram aumentar a captação de recursos com projetos financiados. A atuação em temas de pesquisa estratégicos para o estado de Santa Catarina e para o país, que contam com apoio de agências como FINEP e FAPESC, tem sido fundamental para aumentar a captação de recursos. Nos próximos anos, esse foco será mantido. Concretamente, no início de 2025 já foram submetidas propostas de projetos de pesquisa com participação de muitos docentes do programa em temas integradores por valores que superam os 20 milhões de reais.

Infraestrutura de laboratórios multiusuários para Engenharia de Automação e Sistemas

A Engenharia de Automação e Sistemas é uma área multidisciplinar que combina conhecimentos de mecânica, eletrônica, computação e controle para desenvolver soluções inovadoras em processos industriais, sistemas inteligentes e automação de tarefas. Nesse contexto, os laboratórios multiusuários desempenham um papel fundamental, proporcionando infraestrutura, equipamentos e tecnologias de ponta para o desenvolvimento de pesquisas, experimentos e projetos práticos.

O programa começou no atual quadriênio a investir em laboratórios multiusuários, projetados para atender às demandas de diferentes áreas do programa e também de áreas afins, com recursos compartilhados que podem ser utilizados por pesquisadores, estudantes e profissionais de outros PPGs e de empresas. Os recursos investidos são provenientes de projetos coordenados pelos docentes do programa. Entre os principais equipamentos e tecnologias disponíveis nesses espaços, destacam-se: (1) Sistemas para a simulação e controle de processos industriais, como linhas de produção, robótica e gerenciamento de energia; (2) Sistemas embarcados e IoT para soluções inovadoras em automação; (3) Sistemas de comunicação industrial, como redes Ethernet, Fieldbus e Profibus, que permitem a integração de dispositivos e a implementação de sistemas de controle distribuído (DCS) e supervisório (SCADA); (4) Plataforma de acesso remoto para a realização de estudos e coleta de dados a distância; (4) Sistemas de geração de energia solar fotovoltaica e solar térmica; (5) Sistemas de geração, armazenamento e uso de H2 verde; (6) Sistemas eletrônicos como fontes controláveis, cargas eletrônicas e emuladores.   

A utilização de laboratórios multiusuários traz uma série de benefícios para a formação de recursos humanos e para o avanço da pesquisa na área de Automação e Sistemas, destacando-se a interdisciplinaridade, redução de custos, acesso a tecnologias de ponta e flexibilidade.  Atualmente, os laboratórios multiusuários estão focados aos estudos de sistemas de energia, mas estas estruturas serão estendidas nos próximos quadriênios a outras áreas como sistemas ciber-físicos, digitalização de processos e integração de tecnologias, como big data, automação residencial e predial, robótica colaborativa, etc.

Dentro do planejamento estratégico do programa esta ação terá importância para:

  • Integrar recursos compartilhados e promover a colaboração entre diferentes áreas;
  • Contribuir para a formação de profissionais qualificados com visão multidisciplinar;
  • Permitir o avanço de pesquisas que impactam diretamente a indústria e a sociedade;
  • Melhorar a visibilidade do programa  no cenário global da Engenharia de Automação e Sistemas.

1.4 Os processos, procedimentos e resultados da autoavaliação do Programa, com foco na formação discente e produção intelectual.

A ênfase na autoavaliação dos programas de pós-graduação introduzida pela CAPES em 2019, inclusive com a publicação de relatório de grupo de trabalho constituído em julho de 2018 para elaboração de orientações gerais sobre o processo, representa mudança conceitual na forma de os programas refletirem sobre suas atuações, produções, condicionantes e perspectivas. Embora apareça como novidade, o conceito embute práticas já adotadas pelo PosAutomação, ainda que realizadas sem o arcabouço conceitual unificador sinalizado pela agência e, portanto, às vezes realizadas intermitentemente ou de forma isolada por alguns docentes. 

As atividades realizadas pelo programa no âmbito do processo de autoavaliação, sejam aquelas de tradição anterior ou adotadas posteriormente às recomendações da CAPES, podem ser agrupadas como segue:  

  1. acompanhamento do desempenho geral do programa e dos docentes para fins de recredenciamento e gestão do programa;
  2. avaliação discente para cada disciplina ministrada com base em enquete anonimizada;
  3. avaliação discente, docente, de egressos e de técnicos administrativos;
  4. planejamento estratégico periódico com resultados consolidados como iniciativas estratégicas. 

Durante o período 2021-2024 aconteceram vários momentos do processo de autoavaliação, detalhados na sequência.

1) Discussões internas

Como já comentado no item 1.3, a coordenação realizou as discussões sobre a qualidade do programa nos órgãos colegiados. Nestes eventos, a sistemática de trabalho consistiu das seguintes etapas: (a) a comissão de autoavaliação (composta pelos docentes Max Hering de Queiroz, Daniel Ferreira Coutinho e Julio Elias Normey Rico, pelo discente Paulo Henrique Biazetto, e o Prof. Werner Kraus Jr., representante da pró-reitoria de pós-graduação da UFSC) e a coordenação levaram para o colegiado os resultados das análises realizadas, destacando os pontos que precisavam ser corrigidos; (b) realizou-se a discussão dos pontos no colegiado; e (c) definiram-se as ações a serem tomadas e formaram-se comissões para execução das atividades propostas. 

De forma geral, nas decisões tomadas pelo colegiado, os indicadores da CAPES são usados para a avaliação e orientação de ações de formação, especialmente na dimensão de produção intelectual pelos discentes. Por outro lado, assuntos tais como o elenco de disciplinas e a relação destas com as linhas de formação, criação de linhas de pesquisa e abertura de vagas para credenciamento de novos docentes são avaliados com base na expertise do corpo docente, com apoio em critérios qualitativos diversos e também aqueles abrangidos pela avaliação da CAPES.  

2) Avaliação institucional geral da pós-graduação da UFSC

A Pró-reitoria de Pós-graduação da UFSC (PROPG)  considera  a  autoavaliação  como  importante componente  da  avaliação  do  presente  quadriênio,  como  sendo  uma  oportunidade  de reflexão acerca das dimensões que compõem cada PPG e posterior tomada de decisões para o aprimoramento das atividades dos programas. Respeitando-se a autonomia de cada programa, a PROPG entende como adequado o alinhamento dos planos e ações de cada  programa  com  a  identidade  da  UFSC,  caracterizada  no  âmbito  da  gestão institucional por meio do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2020-2024).

Nesse  sentido,  recomendações  e  instrumentos  para  autoavaliação  dos  programas  de pós-graduação da UFSC foram elaborados considerando: 

  1. Reuniões periódicas com as coordenações de PPGs, abordando temas concernentes  ao  sistema  de  avaliação,  incluindo  discussões  acerca  dos  seminários  de  meio-termo promovidos pela CAPES. 
  2. Os  documentos  e  a  ficha  de  avaliação  da  respectiva  área  de  avaliação  na  CAPES disponíveis nas páginas das áreas
  3. O Plano Nacional de Pós-Graduação 2024 – 2028 
  4. O Plano de Desenvolvimento Institucional 2020 – 2024 da UFSC
  5. O Documento  Norteador  da  Autoavaliação  dos  PPGs  da  UFSC (https://propg.ufsc.br/capdss/#AUTOAVALIAÇÃO)  que  propõe processos,  procedimentos  e  resultados  da  autoavaliação  dos  Programas,  com  foco  na formação discente e produção intelectual. 

Levando  em  consideração  esses  documentos  e  a  ampla  discussão  acerca  da  Pós-Graduação  na  UFSC,  as  recomendações  e  instrumentos  para  autoavaliação  dos  PPGs foram  elaborados  por  dois grupos de trabalho  específicos  designados  pela  Pró-Reitoria  de  Pós-Graduação: 

Grupo de Trabalho de Instrumentos de Avaliação, constituído pelos membros: 

  • IRINEU FREY, Coordenador do PROFNIT; 
  • JERZY ANDRÉ BRZOZOWSKI, Coordenador do PPG em Filosofia; 
  • LUCAS  WEIHMANN,  Coordenador  do  PPG  em  Engenharia  de  Sistemas Eletrônicos;  
  • MARA  AMBROSINA  DE  OLIVEIRA  VARGAS,  Coordenadora  do  PPG  em Enfermagem; 
  • MARIA EDUARDA FERNANDES, Coordenadora da CGE/PROPG;  
  • WERNER KRAUS JUNIOR, Pró-reitor de Pós-graduação; 
  • Membro discente a ser indicado pela Associação de Pós-Graduandos (APG). 

Tal comissão teve como atribuições principais: 

  1. propor  método  de  avaliação  aplicável  a  todos  os  PPGs  da  UFSC,  definindo  seu escopo;  
  2. elaborar  instrumento  institucional  de  avaliação  para  os  programas  de  pós-graduação da UFSC que implemente o estabelecido pelo método proposto; 
  3. propor  instrumento  de  referência  a  fim  de  orientar  os  processos  internos  de autoavaliação dos PPGs; e  
  4. orientar os PPGs quanto à aplicação dos instrumentos elaborados.

Grupo  de  Trabalho  sobre  Acompanhamento  de  Egressos  da  Pós-Graduação, constituído pelos membros: 

  • Werner Kraus Junior, pró-reitor de Pós-graduação; 
  • Sandra Regina Salvador Ferreira, Pós-graduação em Eng. de Alimentos;  
  • Eduardo Luiz Gasnhar Moreira, Pós-graduação em Farmacologia;  
  • Marcelo Maraschin, Pós-graduação em Rec. Genéticos Vegetais;  
  • Edgar Bisset Alvarez, Pós-graduação em Ciências da Informação;  
  • Poliana Dias de Moraes, Pós-graduação em Engenharia Civil;  
  • Renê Birochi, Pós-graduação em Administração;  
  • Rui Daniel Schröeder Prediger, superintendente de Pós-graduação;  
  • Membro discente a ser indicado pela APG.

Tal  comissão  teve  como  atribuição  principal  a  proposição  de  política  de acompanhamento  e  engajamento  de  egressos  da  pós-graduação  da  UFSC, contemplando: 

  1. métodos  de  acompanhamento  a  partir  de  bases  de  dados  abertas,  visando  obter informações  necessárias  à  avaliação  dos  PPGs  com  base  na  atividade  profissional  dos egressos; 
  2. métodos  para  participação  ativa  dos  egressos  na  avaliação  dos  PPGs,  inclusive  por meio de incentivos para engajamento nos processo avaliativos; e 
  3. orientações aos PPGs quanto à aplicação dos métodos elaborados.

Assim, a avaliação institucional conduzida pela PROPG/UFSC, foi realizada a partir da coleta de dados junto a diferentes grupos da comunidade acadêmica: servidores técnico-administrativos (TAEs), docentes, gestores, discentes e egressos, através do uso de formulários especificamente produzidos e aplicados a todos os programas de pós-graduação da UFSC. Os formulários, disponíveis nos links abaixo, foram aplicados pelo programa no final de 2024. O estudo buscou identificar pontos fortes e desafios dos diversos programas em relação à infraestrutura, qualidade do ensino, gestão administrativa e suporte à pesquisa. 

– avaliação pelos egressos:  https://forms.gle/gmff4eLNJtY5ycTH8

– avaliação pelos discentes, docentes, técnicos administrativos e gestores: https://drive.google.com/drive/folders/1_3o6H91ChS88yz4M-YiBX1jYyIkRPlDY?usp=sharing

Uma análise dos resultados dessa avaliação é apresentada na sequência de forma resumida.

Nota 1: As planilhas completas podem ser acessadas em: https://drive.google.com/drive/folders/1_3o6H91ChS88yz4M-YiBX1jYyIkRPlDY?usp=sharing

Nota 2: apenas 6 egressos responderam o questionário correspondente; assim, não se apresenta a análise detalhada deste caso.

A autoavaliação institucional dos programas de pós-graduação da UFSC reuniu dados de servidores técnico-administrativos (TAEs), docentes, gestores e discentes para avaliar infraestrutura, qualidade do ensino, gestão administrativa e suporte à pesquisa. O levantamento foi realizado em diferentes cursos, permitindo uma análise comparativa entre áreas do conhecimento e fornecendo informações relevantes para a avaliação quadrienal da CAPES. 

Resultados da Pesquisa com TAEs, Docentes e Gestores

Os TAEs, docentes e gestores avaliaram positivamente a infraestrutura e os processos administrativos da pós-graduação, com taxas de aprovação elevadas nesses aspectos. A comunicação entre secretaria, coordenação e corpo docente foi considerada eficiente, garantindo um fluxo de informações adequado para o funcionamento dos programas. No entanto, observou-se a necessidade de maior suporte institucional para participação em eventos científicos e internacionais, além da simplificação de trâmites administrativos e do aprimoramento da capacitação sobre a Plataforma Sucupira.

Resultados da Pesquisa com Discentes

Os resultados gerais dos discentes de pós-graduação da UFSC apontam que a maioria dos estudantes avalia positivamente a infraestrutura da universidade, com destaque para a disponibilidade de laboratórios e espaços físicos adequados para pesquisa e aprendizado. No entanto, algumas limitações são mencionadas, como a necessidade de melhorias na conectividade e na atualização de equipamentos. A qualidade do ensino também recebe avaliação positiva na maioria dos programas, sendo um fator essencial para a satisfação dos alunos. Por outro lado, a gestão administrativa aparece como um ponto crítico, com muitos discentes relatando dificuldades nos trâmites acadêmicos e na comunicação com os setores administrativos. O suporte à pesquisa é amplamente reconhecido, mas ainda existem desafios na obtenção de financiamentos e na participação em eventos científicos.

Comparativo entre Engenharias e Outras Áreas da UFSC

A análise comparativa entre as Engenharias e as demais áreas da UFSC revelou diferenças significativas na percepção dos discentes:

– Infraestrutura: Os cursos de Engenharia tiveram uma avaliação superior (71,52% de aprovação) em relação às demais áreas (61,97%), indicando que os laboratórios e espaços físicos são mais bem avaliados pelos estudantes das Engenharias.

– Qualidade do Ensino: As Engenharias também tiveram uma avaliação mais alta (79,08%) do que as demais áreas (58,36%), sugerindo que os métodos de ensino e a estrutura curricular são vistos de forma mais positiva por esses discentes.

– Pesquisa e Produção Científica: As Engenharias tiveram 77,32% de aprovação, superior às demais áreas (63,26%), demonstrando uma percepção mais positiva sobre o suporte à pesquisa, laboratórios e produção científica.

3) Avaliação interna do programa 

A avaliação interna do programa por parte de discentes e docentes, foi realizada com uso dos formulários de avaliação disponíveis nos links abaixo:

– avaliação pelos docentes: https://forms.gle/kVu7utGnAWoWfcRt9 

– avaliação pelos discentes: https://forms.gle/s9cVFk1UPTAMETR57 

Resultados da autoavaliação pelos docentes

Os resultados do instrumento de avaliação do PosAutomação pelos seus docentes revelam uma visão abrangente sobre diversos aspectos do programa. A maioria dos docentes conhece o planejamento estratégico do programa, indicando uma boa comunicação e alinhamento com os objetivos institucionais. Em termos de contribuição ao programa, as avaliações variam de “Muito satisfatório” a “Regular”, sugerindo que, embora muitos docentes estejam altamente engajados, há espaço para melhorar a participação de todos. A atuação como docente é geralmente bem avaliada, com a maioria dos docentes classificando sua atuação como “Muito satisfatória” ou “Satisfatória”. As disciplinas oferecidas são consideradas adequadas para o desenvolvimento de pesquisa de ponta e a atuação como orientador é bem avaliada. A integração entre professores, grupos e projetos de pesquisa e a interdisciplinaridade do programa são avaliadas de forma variada. O apoio para publicações em revistas e para participação em atividades acadêmicas externas é geralmente considerado “Muito satisfatório”. A percepção da coordenação do programa é positiva, com muitos docentes concordando que a tomada de decisões é transparente e participativa. Os impactos sociais das pesquisas e do programa são considerados “Muito satisfatórios”. As parcerias internacionais são vistas como um ponto forte, fortalecendo a internacionalização e a colaboração global. Em resumo, os resultados da avaliação pelos docentes mostram um programa robusto e bem avaliado, mas destacam áreas nas quais melhorias podem ser feitas, como a maior participação em colegiados e a preparação dos alunos ingressantes. O documento PDF com a descrição detalhada dos resultados pode ser acessado em: https://drive.google.com/drive/folders/1oX1MWBKkWmWmPaBi1WYX6BORVjHAcjWS?usp=sharing 

Resultados da autoavaliação pelos discentes

A avaliação do PosAutomação pelos discentes também revela uma análise detalhada de vários aspectos do programa. A maioria dos alunos está ciente dos objetivos e diretrizes do planejamento estratégico, indicando uma boa comunicação institucional. A contribuição dos alunos em termos de participação em comissões e respostas a demandas da coordenação foi avaliada como “Satisfatória” a “Muito satisfatória”, mostrando um bom nível de engajamento. A integração entre professores e alunos e a interdisciplinaridade do programa foram bem avaliadas, refletindo uma boa colaboração. A atuação dos docentes foi geralmente classificada como “Muito satisfatória” e as disciplinas oferecidas foram consideradas adequadas para o desenvolvimento de pesquisa de ponta. No entanto, alguns alunos sugeriram a necessidade de maior flexibilidade curricular para melhor atender às demandas do mercado e às necessidades específicas dos alunos. A motivação dos alunos foi avaliada de forma variada, indicando espaço para melhorias nesse ponto. A comunicação com a comunidade externa e a divulgação do trabalho dos docentes e discentes foram bem avaliadas, indicando uma potencial boa visibilidade do programa. Os impactos sociais das pesquisas e do programa foram considerados “Muito satisfatórios”, destacando sua relevância. As parcerias internacionais foram vistas como um ponto forte, fortalecendo a internacionalização e a colaboração global. Em resumo, os resultados da avaliação pelos discentes são coerentes com a avaliação feita pelos docentes e mostram um programa robusto e bem avaliado, com áreas para melhorias, como a flexibilidade curricular e o engajamento dos alunos de forma a motivá-los. O documento PDF com a descrição detalhada dos resultados pode ser acessado em: https://drive.google.com/drive/folders/1oX1MWBKkWmWmPaBi1WYX6BORVjHAcjWS?usp=sharing

4) Recredenciamento dos docentes

O recredenciamento dos docentes, com obrigatoriedade de avaliação pelos discentes (art. 22, § 2º, RN 154/2021/CUn). O PosAutomação utiliza para tal fim um instrumento de avaliação que se baseia em indicadores associados à atividade docente, sendo ponderados internamente. O instrumento é aplicado a cada dois anos (para informar o docente sobre suas atividades, possibilitando a este eventual reorientação de ênfases nas atividades desempenhadas) e no momento do re-credenciamento de acordo com a resolução da UFSC acima citada. A equação de ponderação dos indicadores é: 

NOTA_DOC= FORH*0,1 + FOR*0,05 + DED*0,15 + ORI/7*0,1 + DPIDOC/4*0,1 + DPIDISC/4*0,2 + IMPACTO/6*0,15 + AVALDISC*0,15, 

na qual os indicadores são os mesmos definidos pela CAPES, exceto IMPACTO, dado pela soma do JCR dos artigos publicados, e AVALDISC, o qual tem valor 1 se a avaliação for satisfatória e 0 se não for. 

5) Avaliação por discentes

A avaliação por discentes da atuação dos docentes em disciplinas e da atuação em orientação, e realizada periodicamente com a aplicação de formulários específicos desenvolvidos pela coordenação do programa e da comissão de avaliação (a comissão de avaliação formada pelo coordenador e por três docentes permanentes). Os formulários, podem ser vistos em: https://drive.google.com/drive/folders/15A3zFhN9Ba1qE6nSlx06CdaUU7eI1R8A?usp=sharing

O formulário usado é o mesmo utilizado no processo de recredenciamento, mas o resultado é usado pela coordenação para dialogar com os docentes e realizar ajustes nas metodologias usadas em sala de aula ou na orientação.

As notas obtidas na avaliação dos docentes pelos discentes podem ser consideradas muito satisfatórias, com notas em todos os casos acima de 8 (em escala 10) nos quesitos sobre as disciplinas e sobre a atuação do docente. Também,  as notas são boas na autoavaliação de desempenho discente.

6) Acompanhamento de indicadores

O programa realiza o acompanhamento de indicadores por meio de softwares de análise (Stela, Tarrafa). A atividade foi realizada pela coordenação do programa e pela comissão de avaliação para fazer um diagnóstico do andamento das atividades do programa e do desempenho dos docentes. As ferramentas são extremamente importantes para ter uma visão geral dos programas da área, para realizar uma análise comparativa e para poder buscar corrigir eventuais desvios da trajetória planejada para as ações do programa. 

7) Acompanhamento dos resultados das iniciativas estratégicas.

Este acompanhamento é realizado de forma contínua no programa (ver também item 1.3). De modo geral, os resultados obtidos em todas as iniciativas durante o quadriênio em análise podem ser considerados como satisfatórios ou muito satisfatórios, principalmente na divulgação do programa e das pesquisas realizadas, na definição de perspectivas futuras de pesquisa, nas mudanças curriculares, na captação de recursos e na autoavaliação das atividades. Apresentam-se, na sequência, alguns comentários dos resultados da autoavaliação e como a mesma tem influenciado os eixos principais de atuação: formação, produção e impactos. 

* Impacto da pesquisa. A criação do INCT CAPE, coordenado por docentes do programa e com grande participação de docentes permanentes, colaboradores e discentes, é um marco na história do PosAutomação. Por um lado este evento reforça o reconhecimento em nível nacional da pesquisa que vem sendo realizada pelo programa, e por outro lado aumenta a visibilidade do programa frente ao setor produtivo e acadêmico. Depois da criação do INCT CAPE novas parcerias com instituições de pesquisa e empresas do setor de energia foram estabelecidas, que podem se consolidar nos próximos anos com a assinatura de convênios e projetos.   

*Quantidade e qualidade da formação. Para realizar o monitoramento da qualidade, foram adotados os  indicadores da CAPES e os resultados do processo de avaliação das disciplinas. Em geral o programa tem mantido ou melhorado os seus indicadores em relação com o período anterior.  A seguir, apresentamos um panorama geral para ilustrar os reflexos de todas as medidas tomadas no processo formativo, onde pode ser constatado que o programa tem melhorado nos quesitos quantidade e qualidade da formação.

Com relação ao tempo de titulação, apresentamos a média do tempo (em anos) das titulações de alunos mestrado e doutorado, que piorou no presente quadriênio, como reflexo da pandemia e as consequentes medidas tomadas pela CAPES e pela UFSC para prorrogar os prazos e conseguir que os discentes finalizassem o curso.

Quadriênio

Média Mestrado (anos)

Média Doutorado (anos)

2013 – 2016 

2,53 

4,72

2017 – 2020   

2,39   

4,53

2021 – 2024 

2,70   

5,01

Uma análise qualitativa da situação atual mostra que os tempos de formação tendem a ser reduzidos novamente, isto é, espera-se que para o próximo quadriênio os valores se aproximem dos observados em 2017-2020. Uma das medidas tomadas pelo programa para redução dos tempos, principalmente do mestrado, é a oferta, em parceria com a coordenadoria do curso de graduação, de disciplinas do PosAutomação como optativas para os graduandos. Isto permite reduzir o tempo em créditos dos mestrandos que são oriundos do  curso de graduação em Engenharia de Controle e Automação da UFSC. Com relação aos doutorandos, a coordenação mantém um acompanhamento junto aos docentes orientadores para detectar os casos que tendem a ter um prazo estendido e tomar providências de forma antecipada.

Com relação à participação do corpo docente nas atividades de orientação destacamos os seguintes indicadores para o quadriênio 2021 – 2024:

  • A média anual da proporção de docentes permanentes (DP) com produções com a participação de pelo menos um autor discente ou egresso em relação ao total de DPs do Programa é de 92%.
  • A média anual do percentual de docentes permanentes (DP) que possuem orientações concluídas de qualquer nível é de 75% e em andamento é de 97%.

Isto mostra uma distribuição bem uniforme das atividades entre os DPs e uma taxa de formação boa, sendo que cada DP forma um mestre a cada ano e um doutor a cada dois anos, em média.

Para finalizar esta análise relacionada com trabalhos de conclusão e egressos, a próxima tabela mostra um resumo da produção de teses e dissertações

Ano

Total Teses Média Teses/docente Total Dissertações Média Diss./docente

2021

10 0,48 26

1,24

2022

6 0,30 14

0,70

2023

14 0,70 15

0,75

2024 7 0,31 9

0,39

Média do quadriênio: 0,42 tese por docente por ano, e 0,72 dissertação por docente por ano.

A melhora na qualidade das pesquisas associadas aos trabalhos de conclusão pode ser constatada basicamente por dois indicadores: 1) pela qualidade das publicações dos docentes com discentes e egressos; 2)  pelos prêmios recebidos por docentes e discentes com a pesquisa realizada em congressos, revistas e sociedades científicas, destacando a menção honrosa no prêmio CAPES de tese 2023 (entregue em 2024). Um resumo desses prêmios é apresentado no item 1.3 e a informação também pode ser acessada na página do programa (https://posautomacao.ufsc.br/premios/).

Os reflexos das medidas tomadas na produção de conhecimento (dissertações, teses, publicações) são analisados na sequência, começando pela qualidade da produção de docentes e discentes.

Iniciamos com uma análise quadrienal comparativa da produção de artigos do programa, que vem melhorando a cada quadriênio, mas teve uma melhora significativa em 2021-2024, como pode ser observado na tabela abaixo. A tabela mostra a média anual por docente permanente (DP) do indicador de artigos (IndArtigo) do Programa, sem redundância de produções, sendo IndArtigo: A1*1 + A2*0,875 + A3*0,75 + A4*0,6 + B1*0,3 + B2*0,2 + B3*0,1 + B4*0,05 + C*0.

Quadriênio

IndArtigo Aumento %

2013 – 2016

1,51 

2017 – 2020

1,78

18%

2021 – 2024 2,20

24%

NOTA: O aumento percentual é calculado com relação ao quadriênio anterior

Também melhoraram os indicadores quando se considera o mesmo indicador, mas para as produções com pelo menos um autor discente ou egresso, que vem aumentando nos últimos anos a uma taxa de 20% a 25% por quadriênio.

Quadriênio

IndArtigo Aumento %

2013 – 2016

0,87

2017 – 2020

1,08

25%

2021 – 2024 1,31

21%

NOTA: O aumento percentual é calculado com relação ao quadriênio anterior

Outro dado importante, é analisar como tem evoluído o percentual que mostra a concentração da produção entre os docentes permanentes com maior IndArtigo individual (por exemplo, dos 50% com maior IndArtigo). Esse indicador mostrava uma piora de aproximadamente 10% no quadriênio anterior (passando de 70% para 80%, assim aumentando a concentração), mas com as ações tomadas, em 2021 – 2024 ele se manteve praticamente igual ao observado no quadriênio 2017 – 2020, mostrando uma mudança de tendência.

É interessante analisar a qualidade da produção considerando os artigos publicados na classificação A (Qualis A1 até A4). Pode ser observado que o indicador continua com tendência de alta e com maior derivada, considerando as publicações dos docentes e as publicações com discentes e/ou egressos. A próxima tabela mostra a quantidade média de artigos A no PPG por ano e por docentes permanentes (DP), sem redundância de produções. Cada artigo A é contado uma única vez e o total é dividido pelo número de DP.

Quadriênio Media Artigos A

Aumento %

2013 – 2016

1,65

2017 – 2020

1,95

19%

2021 – 2024

2,41

24%

NOTA: O aumento percentual é calculado com relação ao quadriênio anterior

Na próxima tabela se consideram os mesmos artigos A, mas com pelo menos um autor discente ou egresso, mostrando novamente uma melhora significativa do indicador no quadriênio.

Quadriênio

IndArtigo

Aumento %

2013 – 2016

1,12

2017 – 2020

1,35

21%

2021 – 2024

1,77

31%

NOTA: O aumento percentual é calculado com relação ao quadriênio anterior

É importante destacar a melhora deste último indicador, que está diretamente associado à qualidade dos trabalhos de conclusão, que são base para os artigos publicados com egressos e discentes.

Um ponto a mais a ser destacado é que o programa não tem incentivado a publicação de artigos científicos em revistas consideradas “predatórias”, nem usado recursos para pagar esse tipo de publicação. De todas formas, por convites de editores associados que organizam “special issues” com isenção de taxas, alguns artigos foram publicados em revistas de reputação mais duvidosas. Seguindo as recomendações do Comitê de Assessoramento da Engenharia Elétrica do CNPq com relação a isso, esse tipo de publicação deve ser evitado, mas não se considera grave a publicação eventual de um trabalho. O programa tem menos de 5% de publicações que podem ser encaixadas nessa categoria. A grande maioria das publicações do programa são em editoras de prestígio reconhecido, como as publicações associadas ao IEEE, IFAC e ISA, e editoras como Elsevier, Springer, Taylor,  

Com relação à dedicação dos docentes às disciplinas do programa, as medidas tomadas levaram a um aumento da carga horária dos docentes nas disciplinas do programa e um melhor equilíbrio entre carga didática na graduação e  na pós-graduação, como apresentado no item 1.3.

Por outro lado, para melhorar a inserção de estudantes de graduação na pesquisa e formar futuros candidatos ao mestrado e doutorado, o corpo docente melhorou os indicadores de orientação de estudantes de iniciação científica e projeto de fim de curso da graduação (PFC ou TCC), como mostrado no item 1.3. 

O PosAutomação, em conjunto com o Departamento de Engenharia de Automação e Sistemas, elabora anualmente um plano de capacitação docente, organizando a saída de professores do programa para realização de estágios de pós-doutorado em universidades parceiras no exterior. Isso garante uma formação continuada dos docentes do programa, com uma atualização de conhecimentos e principalmente com a possibilidade de melhorar os contatos e parcerias com entidades no exterior, favorecendo a internacionalização do programa. Destaca-se que grande parte dos discentes de doutorado do programa tem realizado estágios de doutorado sanduíche, justamente em universidades e centros de pesquisa parceiros que foram incorporados à rede de contatos do PosAutomação através destes estágios de pós-doutorado dos docentes. No quadriênio 2021 – 2024, foram realizados os seguintes estágios:

  • Jomi Fred Hübner (12 meses) – Bolonha, Itália
  • Leandro Buss Becker (12 meses) – Manchester, Reino Unido
  • Gustavo Artur de Andrade (13 meses) – Grenoble, França

Por outro lado, o programa incentiva os doutorandos a realizar estágio no exterior. Neste quadriênio foram realizados 13 estágios de doutorado sanduíche dos discentes (8 de 6 meses, 2 de 10 meses, 2 de 24 meses e 1 de 12 meses, sendo 4 em cotutela):

  • Diogo Ortiz Machado: Universidade de Sevilha, Espanha (cotutela)
  • Ivan Yupanqui Tello: Université de Mons, Bélgica (cotutela)
  • Silvane Cristina de Melo Schons: Université libre de Bruxelles, Bélgica (cotutela)
  • Feres Azevedo Salem: Universidade de Bolonha, Itália
  • Danilo Giacomin Schneider: Universidade de Aachen, Alemanha
  • Adriano Silva Martins Brandão: Universidade de Sevilha, Espanha
  • Marcelo Menezes Morato: Universidade de Grenoble, França (cotutela)
  • Franthiescolly Vieira de Carvalho: Universidade de Grenoble, França
  • Alan Kunz Cechinel: Universidade de Oulu, Finlândia
  • Lara Popov Zambiasi Bazzi Oberderfer: Universidade de Bremen, Alemanha
  • Sergio Maurício Prolo Santos Junior: Universidade de Sidney, Austrália
  • Patricia Monica Campos Mayer Vicente: LAAS Toulouse, França
  • Gabriel Thaler: Fuzhou University, China

Estas atividades de estágio de formação de docentes e discentes têm fortalecido a cooperação entre o programa e grupos de pesquisa no exterior, com a consequente realização de projetos de pesquisa em parceria e publicações em co-autoria. No item 3.3.2 da proposta de apresentam detalhes dos resultados, com lista de projetos internacionais, missões e publicações com co-autores internacionais. 

Finalizando esta seção, tecemos alguns comentários sobre o reflexo das estratégias adotadas no impacto econômico e social do programa. Durante o presente quadriênio, podemos assegurar que o PosAutomação tem contribuído de forma significativa em dois principais pontos: (1) na formação de recursos humanos de qualidade com principal foco na formação de doutores como docentes/pesquisadores e de mestres para o mercado de trabalho; (2) na pesquisa de excelência em temas de grande importância para o país tanto em termos econômicos como sociais. 

No primeiro ponto, devemos destacar que perto de 83% dos egressos de doutorado, 15% dos egressos de mestrado e 87% de pós-doutorado estão hoje ocupando cargos efetivos em universidades, institutos de educação e centros de pesquisa (detalhes estão lançados no item “2.3 Destino, atuação e avaliação dos egressos do Programa em relação à formação recebida”). Se observamos a distribuição geográfica de atuação destes docentes/pesquisadores, podemos comprovar que em praticamente todas as regiões do país temos mestres e doutores formados no programa, desde pequenas cidades no interior do Rio Grande do Sul até capitais como Manaus e Porto Velho na Região Norte, e cidades no Centro-Oeste, como no Mato Grosso, e no Nordeste, como em Salvador e Fortaleza. Também, há uma importante quantidade de formandos atuando em cidades do interior do estado de Santa Catarina. Assim, o programa tem uma contribuição destacada para o desenvolvimento destas regiões tanto do ponto de vista econômico quanto social e cultural, dada a importância de oferecer em todas as regiões oportunidades para uma formação profissional de qualidade, o que contribui para os seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: ODS 1 – Erradicação da pobreza,  ODS 4 – Educação de qualidade, ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico e ODS 10 – Redução das desigualdades.

Do ponto de vista da pesquisa, o PosAutomação atua em diversos temas também relacionados com várias das ODS da ONU, tendo um destacado reconhecimento nacional e internacional, o que incentiva estudantes e pesquisadores de várias regiões do país e do exterior a procurarem o programa para sua formação. Sem desmerecer outros temas, podemos destacar as pesquisas em sistemas de energia, desde as energias tradicionais, como petróleo e gás, até as renováveis; as pesquisas em sistemas de controle de tráfego urbano e planejamento de transportes; as pesquisas em inteligência artificial e suas diversas aplicações e as pesquisas nas tecnologias da Indústria 4.0, todas com grande importância para o desenvolvimento do país. Em todos esses temas, o programa atua em pesquisa básica e aplicada, com a formação de profissionais para atuar no setor produtivo (ver item 2.3, que mostra que 43% dos egressos do mestrado atuam na indústria ou serviços) e com projetos de pesquisa e inovação diretamente com parceiros do mesmo setor. Assim, o PosAutomação contribui diretamente para vários dos ODS (além dos apontados) como: ODS 7 – Energia limpa e acessível, ODS 9 – Indústria, inovação e infraestrutura, ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis,  ODS 12 – Consumo e produção responsáveis, ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima e ODS 17 – Parcerias e meios de implementação.

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